A renda média dos chefes de família brasileiros cresceu 10,3% acima da dos paulistas entre 1991 e 2000. A afirmação faz parte do estudo "Desigualdade de rendimento no Estado de São Paulo: evolução dos indicadores censitários de 1991 e 2000", divulgado hoje e realizado pelo secretário do Desenvolvimento, Trabalho e Solidariedade da Prefeitura de São Paulo, Márcio Pochmann. A variação do rendimento médio mensal dos chefes de família no Estado de São Paulo, no intervalo de 1991 a 2000, registrou variação de 28,7% (ou 2,85% de média anual), bem abaixo da variação nacional, de 41,9% ou 3,96% de média anual, segundo o estudo de Pochmann, baseado na Fundação IBGE sobre o Censo Demográfico do ano passado. Segundo o estudo de Pochmann, o município de Santana do Parnaíba registrou o maior rendimento médio mensal (R$ 2.583,57) em 2000, correspondente a 8,77 vezes mais do que o município de Pracinha (R$ 294,70), com menor rendimento médio mensal. A variação entre os rendimentos dos chefes de domicílio cresceu 18,83% de 91 a 2000, segundo demonstrou o estudo. "A diferença aponta para uma ampliação da desigualdade na escala entre o maior e o menor rendimento médio no Estado de São Paulo", considera Pochmann. Ele deu como exemplo as diferenças de rendimentos encontradas em 1991. "O município de Santana do Parnaíba possuía o maior rendimento médio mensal do conjunto de chefes de domicílios com renda (R$ 1.555,96), correspondendo a 7,38 vezes mais do que o município de Silveiras (R$ 210,75) com menor rendimento médio mensal de chefe de domicílios", salienta. O município do Estado de São Paulo que registrou maior aumento de rendimento dos chefes de domicílio de 1991 a 2000 foi Barra do Turvo. A variação do rendimento da cidade chegou a 141,35%. A participação relativa da cidade no rendimento total do Estado foi de 0,01% em 2000. Por outro lado, Piquerobi foi o município com piores dados. A cidade registrou a maior queda (44,08%) e tinha, em 2000, uma participação relativa de 0,001% no rendimento total. "O rendimento médio mensal dos chefes de domicílios com renda apresentou distintas variações entre 91 e 2000. Os municípios que apresentaram as maiores elevações na variação do rendimento médio dos chefes foram aqueles com menor importância relativa no conjunto da renda do Estado de São Paulo", diz Pochmann.