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Rendimento do trabalhador tem a maior queda já registrada

Por Agencia Estado
Atualização:

O rendimento médio real habitualmente recebido pelo trabalhador brasileiro caiu 16,4% em julho, na comparação com julho de 2002, informou hoje o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A queda é a maior desde o início da série histórica, em outubro de 2001. O valor do rendimento médio real do trabalhador ? R$ 833,50 ? também é o menor da série. A taxa de desemprego medida pelo IBGE em julho foi de 12,8%. Esse número é 0,9 ponto percentual maior que no mesmo mês do ano passado, e 0,2 menor do que o do mês imediatamente anterior, junho. 2,682 milhões à procura de trabalho O total da população desocupada (pessoas procurando trabalho) em julho foi de 2,682 milhões de pessoas, 1,9% abaixo da quantidade do mês anterior. As maiores quedas nesta comparação foram nas regiões metropolitanas de Belo Horizonte (-7,1%) e Porto Alegre (-8,8%). Nas outras regiões houve quedas de -4,1% em Recife; de -2,8% no Rio de Janeiro; de -1,6% em Salvador; e aumento de 0,7% em São Paulo. Na comparação com julho do ano passado, a população desocupada aumentou 13,4%, o equivalente a 318 mil pessoas, segundo o IBGE. A taxa de desemprego, que em julho ficou em 12,8%, representa a relação entre a população desocupada sobre a População Economicamente Ativa (PEA) no mercado, trabalhando ou procurando trabalho. Pequena queda no desemprego não define tendência Apesar do recuo de 0,2 ponto percentual da taxa de desemprego em julho comparado ao mês anterior, a "taxa não está variando estatisticamente", segundo o gerente da Pesquisa Mensal de Emprego (PME) do IBGE, Cimar Azeredo Pereira. O técnico explicou que a pesquisa tem uma margem de erro e é preciso avaliar os próximos resultados mensais para definir a tendência. "Preciso de mais meses para saber se está caindo. Em julho, a taxa não caiu, estatisticamente falando", afirmou o técnico.

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