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Renovação do Inovar-Auto para além de 2017 não está garantida, diz ministro

Armando Monteiro afirmou que continuidade do programa automotivo dependerá das condições econômicas

Por Renata Veríssimo
Atualização:
'Defendemos a política automotiva, mas política industrial tem ciclos e não se pode agora antecipar o que vai ser feito depois de 2017', diz Monteiro Foto: DIDA SAMPAIO/ESTADAO-01/12/14

A renovação do programa automotivo Inovar-Auto para além de 2017 não está garantida e dependerá das condições econômicas do momento, afirmou ao Estado o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro Neto. Na quinta-feira, o ministro esteve em Londres para encontros com representantes do governo britânico e empresários europeus com interesse no Brasil. 

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Ele participou do seminário Innovate in Brasil, que reúne 60 executivos de empresas europeias com potencial e interesse em instalar centros de pesquisa, desenvolvimento e inovação no Brasil e da reunião do Comitê Econômico e de Comércio Conjunto Reino Unido/Brasil (Jetco) com participação governamental e privada.

De Londres, por telefone, o ministro explicou que há interesse de investidores europeus em assuntos como o futuro do regime automotivo e a flexibilização da política de conteúdo local para a indústria petroleira. O Inovar-Auto vigora até o fim de 2017, mas a indústria automotiva brasileira já indicou que gostaria que a prorrogação do programa fosse decidida com antecedência para que as empresas possam se preparar.

“Defendemos a política automotiva, mas política industrial tem ciclos e não se pode agora antecipar o que vai ser feito depois de 2017. É uma questão que vamos analisar à luz das condições que serão dadas à época”, afirmou. Monteiro lembrou que o programa também está sendo questionado por outros países na Organização Mundial do Comércio. “Há resultados expressivos. O Brasil defende essa política, mas sabemos que há uma controvérsia com os painéis instalados na OMC.”

Monteiro avaliou que o regime automotivo vem cumprindo o seu papel, ao estimular investimentos. As empresas recebem benefícios tributários pelo atingimento de metas fixadas pelo governo, como a produção de carros menos poluentes.

O ministro considera também importante a sinalização dada esta semana pelo governo de que o Brasil trabalha no aperfeiçoamento da política de conteúdo local para o setor de petróleo e gás.

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