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Repasse do ajuste dos combustíveis para a bomba será de 10%

Por Agencia Estado
Atualização:

Embora os economistas apostem num repasse entre 6% e 8% para os consumidores do reajuste dos combustíveis anunciado pela Petrobras na última sexta-feira, o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de São Paulo (Sincopetro) prevê um aumento médio de 10%. O presidente da entidade, José Alberto de Paiva Gouveia, acredita que serão necessários ao menos 10 dias para que o setor se ajuste aos novos patamares de preço das refinarias. Sobre os postos que desde sábado elevaram os preços da gasolina entre 12% e 25%, Gouveia classifica seus donos de "loucos" porque a própria concorrência os levará a reduzir muito em breve seus preços. Na sexta-feira, a Petrobras anunciou um reajuste de 10% para o preço da gasolina e de 12% para o óleo diesel para vigorar a partir da zero hora do sábado. "O problema é que estes números da Petrobras são mentirosos", protesta Gouveia. De acordo com ele, até a meia-noite de sexta-feira, o custo para a distribuição cobrado pela BR Distribuidora era de R$ 0,8639 e passou para R$ 1,0036 na primeira hora de sábado. "Isso dá um reajuste de 16,17% de aumento na gasolina", diz o presidente do Sincopetro, acrescentando ainda que para o litro do diesel, o aumento foi de 13,74% e não de 12%, conforme anunciou a estatal. Ele diz não ser contra o aumento dos combustíveis em um momento em que o preço do petróleo dispara no mercado internacional e amplia a defasagem entre os preços praticados nos mercados doméstico e externo. "O problema é que a Petrobras deixa para os postos explicarem um reajuste de 10% no preço dos combustíveis na ponta do consumidor", afirma o presidente do Sincopetro. Gouveia disse também que, "embora tenha passado despercebido pela sociedade, os usineiros também aumentaram na semana passada o preço do álcool anidro em R$ 0,15". Como este álcool compõe 25% da gasolina queimada pela frota nacional, o combustível já contaria com uma pressão adicional na revenda.

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