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Mercados internacionais fecham em alta, mas atentos ao pacote de US$ 1 tri dos EUA

Investidores ainda comemoram os dados econômicos favoráveis do dia anterior, porém, seguem de olho no impasse em torno do novo pacote de ajuda americano

Por Sergio Caldas
Atualização:

As Bolsas da Ásia, Europa e Nova York fecharam majoritariamente em alta nesta terça-feira, 4, ainda refletindo os dados econômicos positivos divulgados no dia anterior. Em uma dia mais tranquilo - e sem grandes indicadores -, as atenções se voltaram para o impasse nos Estados Unidos com a aprovação do superpacote de US$ 1 trilhão já anunciado pelo governo americano.

Mercado de ações do Japão Foto: Behrouz Mehri/AFP

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Enquanto o vírus exibe persistente resistência nos EUA, a Casa Branca e o Congresso tentam chegar a um acordo para nova rodada de estímulos, a fim de atenuar os impactos econômicos da doença. As negociações enfrentam um impasse, com a oposição defendendo manutenção dos benefícios para desempregados no valor de US$ 600, enquanto o governo quer um teto menor para o auxílio. 

Além disso, nesta madrugada, o BC da Austrália (RBA) manteve seu juro básico na mínima histórica de 0,25% pelo quinto mês consecutivo, mas alertou que vai comprar mais bônus do governo nesta quarta-feira, 5, para garantir que o rendimento do papel de três anos fique em linha com a meta oficial, que também é de 0,25%.

Bolsas da Ásia

O Hang Seng liderou os ganhos na Ásia, com alta de 2% em Hong Kong, graças em parte ao bom desempenho de papéis de tecnologia após o Nasdaq renovar máxima de fechamento no último pregão. Em outras partes da região asiática, o japonês Nikkei subiu 1,7% em Tóquio, enquanto o chinês Xangai Composto registrou modesta alta de 0,11%, o sul-coreano Kospi avançou 1,29% em Seul e o Taiex assegurou ganho de 1,57% em Taiwan. A exceção foi o Shenzhen Composto, índice chinês de menor abrangência que caiu 0,65%.

Na Oceania, a Bolsa australiana ficou no azul, também favorecida pelo setor de tecnologia. O S&P/ASX 200 avançou 1,88% em Sydney, apagando a maior parte das perdas acumuladas nas duas sessões anteriores. 

Bolsas da Europa 

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Por lá, animou o resultado do índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) da zona do euro, que subiu 0,7% em junho ante maio, segundo dados publicados hoje pela Eurostat. O dado veio acima da previsão de analistas consultados pelo The Wall Street Journal, de alta de 0,6%. 

No velho continente, as únicas quedas foram a de 0,07% do Stoxx 600 e a de 0,36% de Frankfurt. A Bolsa de Londres teve leve alta de 0,05% e a de Paris avançou 0,28%. Já MilãoMadri e Lisboa tiveram ganhos de 1,21%, 0,73% e de 1,21%.

Bolsas de Nova York

Apesar das idas e vindas com o novo pacote trilionário de US$ 1 trilhão, os índices de Nova York acharam força para subir no final e terminar com algum lucro. Dow Jones avançou 0,62%, S&P 500 avançou 0,36% e Nasdaq teve ganho de 0,35%.

Assim como as Bolsas, as ações americanas tiveram um pregão cheio de volatilidade. Entre os setores, o de tecnologia caiu boa parte do dia, contudo terminou em alta. Entre algumas ações importantes, Apple subiu 0,67%, mas Microsoft recuou 1,50%.

Petróleo 

Nesta terça, o contrato futuro mais líquido do ouro fechou acima da marca de US$ 2.000 a onça-troy pela primeira vez na História, em meio a um rali nos preços do metal precioso, apoiados pela incerteza da pandemia, pela tendência de baixa no dólar e pelo juros baixos no mundo todo.

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Também hoje, o petróleo encerrou em alta, apesar de ter começado o dia em baixa, devido ao temor com o ressurgimento do coronavírus. A melhora se deu após rumores indicarem que o nível de estoque de barris dos Estados Unidos recuou na última semana, mas o relatório oficial está programado para sair apenas com o mercado já fechado. Com isso, o WTI para setembro, referência no mercado americano, encerrou em alta de 1,68%, a US$ 41,70. Já o Brent para outubro, referência no mercado europeu, avançou 0,63%, a US$ 44,43 o barril./COLABOROU MAIARA SANTIAGO