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Representante comercial dos EUA espera progresso em Doha

"Não há garantias de que teremos um acordo, mas estamos falando uns com os outros agora e não passando uns por cima dos outros", afirmou Susan Schwab

Por Agencia Estado
Atualização:

Negociações recentes ressuscitaram as esperanças de que os países envolvidos na Rodada de Doha possam chegar a um acordo sobre o comércio global após um grande impasse no ano passado, disse na quarta-feira, 21, a representante comercial dos Estados Unidos, Susan Schwab. "Doha está viva e bem", disse Schwab em uma entrevista à Bloomberg Television. "Não há garantias de que teremos um acordo, mas estamos falando uns com os outros agora e não passando uns por cima dos outros." Por meio de negociações informais nos últimos meses, os países começaram a buscar uma abordagem alternativa para chegar a um acordo que envolva maiores compromissos de abertura de mercados na sensível área agrícola. A idéia por trás dessa abordagem é de que será mais fácil os países concordarem em reduções gerais dos subsídios e tarifas agrícolas se eles tiverem uma idéia mais clara de como os produtos mais sensíveis serão tratados. "Ficou claro que existem várias partes se movimentando na estrutura de Doha e estamos usando cada uma delas para ver como podemos conseguir uma conclusão ambiciosa que gere novos fluxos comerciais, reduzam os subsídios distorcivos e que, em última instância, gerem avanços", disse Schwab. Ela acrescentou ser "imperativo" que o Congresso norte-americano renove a autoridade de promoção comercial da Casa Branca, para que os países possam encerrar a Rodada de Doha. Ao mesmo tempo, ela disse que avanços nas negociações de Doha aumentariam as chances de o Congresso renovar a promoção de autoridade comercial. Essa lei vence no dia 1º de julho e permite à Casa Branca negociar acordos comerciais que o Congresso pode somente rejeitar ou aprovar sem propor mudanças. Sem essa autoridade, muitos países podem decidir não negociar com os Estados Unidos por temores de que os parlamentares norte-americanos modifiquem os acordos.

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