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Reserva de Camamu deve iniciar produção em 2004

Por Agencia Estado
Atualização:

Entre abril e junho de 2004, a Bacia de Camamu, no litoral da Bahia, começará a produzir gás. Com capacidade de 2,5 milhões a 4 milhões de metros cúbicos por dia, a reserva poderá atender demandas específicas como a da Companhia Petroquímica do Nordeste (Copene), para a produção de eteno a partir do gás etano. Embora a Petrobras já possua os estudos sobre os teores desses gases no insumo a ser produzido, a informação não é divulgada. O gerente-geral da unidade de negócios de exploração e produção da Bahia, Vandenir Oliveira, afirma que o início da produção depende só de trâmites legais, como a concessão das licenças ambientais e da autorização da Agência Nacional do Petróleo (ANP). A reserva de Camamu é administrada por um consórcio formado pela Petrobras, com 35% de participação, a construtora Queiroz Galvão (55%) e a Petroserv (10%). O consórcio não depende de financiamento para tocar o projeto. A exploração também não exige grandes esforços. A lâmina d´água, de 30 metros, é considerada rasa, assim como a profundidade da jazida, a 1.500 metros. Já a reserva de óleo e gás de Camamu, mais ao Sul do litoral baiano, ainda não foi tocada. "Lá ainda há trabalhos a fazer", informa Oliveira, que é geólogo da Petrobras. A Petrobras tem realizado contratos de venda de gás para petroquímicas como a Rio Polímeros, futura central de matérias-primas do pólo gás-químico do Estado do Rio de Janeiro, em Duque de Caixas. Outro, prestes a ser selado, é de refinarias do Estado de São Paulo com a Petroquímica União (PQU), central de matérias-primas do pólo de Mauá (SP). A PQU vai construir um spliter, para separar o etano de gases provenientes de refinarias. Em ambos os casos, o gás é explorado e produzido pela Petrobras. Já no caso de Camamu, como o negócio é feito em consórcio, caso o gás possa ser aproveitado pela Copene, deverá antes passar pela empresa Bahia Gás. A companhia distribuidora já faz esse tipo serviço para a Petrobras nos campos do Recôncavo baiano. Não se sabe, ainda, se a intermediação poderá encarecer o produto a ponto de descompensar seu uso. "Talvez a Petrobras só possa usar o gás, sem intermediação da Bahia Gás, para consumo próprio ou venda a subsidiárias internas, não para terceiros", comenta o executivo. A Petroquisa (Petrobras Química) é sócia na Copene, mas a central de matérias-primas não é sua subsidiária integral. A Copene pretende aumentar sua oferta de eteno e para isso estuda alternativas à nafta, como condensados e gás.

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