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Reserva de emergência é sinônimo DE renda fixa

Buscar meta de guardar entre seis e doze meses dos gastos é importante para enfrentar crises

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Por Redação
3 min de leitura
Getty Images 

A pandemia da covid-19 deixou milhões de brasileiros sem trabalho e tantos outros tiveram de paralisar suas atividades devido ao isolamento social imposto pelo novo coronavírus. Este cenário reforçou ainda mais a importância de manter uma reserva de emergência diante de algo imprevisível. De acordo com levantamento realizado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), se proteger contra imprevistos (49,8%) e garantir um futuro melhor para a família (40,2%) são as principais finalidades elencadas por aqueles que buscam construir uma reserva financeira. “Como o próprio nome diz, a reserva de emergência deve ser usada para imprevistos, uma emergência, que pode ser um caso de desemprego ou uma oportunidade que possa aparecer de repente como um curso ou uma viagem, por exemplo”, diz Flávia Montoro, planejadora financeira CFP da Associação Brasileira de Planejadores Financeiros (Planejar). Por isso, é importante que os valores não sejam guardados em produtos que tenham muita variação e que não tenham liquidez, ensina a especialista. O valor que deve estar guardado vai depender de quanto você ganha e os benefícios que o seu empregador lhe oferece no caso de desligamento. Se você tem um trabalho que paga as verbas rescisórias em caso de demissão e garante benefícios como o pagamento do plano de saúde por algum tempo após a rescisão ou recebe algum bônus em caso de desligamento, o valor que você deve ter guardado para uma emergência pode ser menor do que a quantia indicada para quem trabalha por conta própria ou não tem esses direitos. “Não há um valor ideal para ter guardado. Mas sugiro algo entre 6 e 12 meses dos seus gastos para, assim, ter uma tranquilidade financeira em caso de algum imprevisto”, diz Flávia. A renda fixa é a melhor opção para guardar esses valores e a tendência é que muitas pessoas busquem a poupança para este fim. No entanto, a velha caderneta não tem tido bom retorno financeiro. Para se ter uma ideia, no ano passado, a poupança acumulou rendimento de apenas 2,11% e não cobriu nem a inflação oficial do período. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou em 4,52% em 2020. Significa dizer que, se você guardou o seu dinheiro na poupança, você perdeu poder de compra no período. Ou seja, o que você comprava em janeiro não é o mesmo que você conseguiu comprar em dezembro. Mesmo perdendo poder de compra, muitos consumidores ainda preferem a velha caderneta por ser uma aplicação fácil e sem risco. De acordo com o Raio X do Investidor, da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), a poupança é o produto financeiro mais usado por 84,2% dos brasileiros. A boa notícia é que existem produtos seguros e tão simples quanto a poupança, mas com melhor rentabilidade que a caderneta. De acordo com a representante da Planejar, o Tesouro Direto, o CDB e os fundos DI podem ser uma boa opção, especialmente para os que investem em Tesouro Selic . “Além de ter liquidez com os investimentos em renda fixa, essa reserva de emergência também ajuda a reduzir os riscos da sua carteira de um modo geral. Caso haja uma crise, você sabe que aquela parte da sua carteira está protegida”, comenta Flávia. O gerente executivo de tesouraria do Banco RCI Brasil, Rosano Ouriques, afirma que o banco viu aumentar em mais de 300% a carteira de investimentos em renda fixa da instituição em 2020 na comparação com 2019. “Há uma busca por uma rentabilidade melhor por parte dos investidores”, diz. Segundo ele, o banco tem uma opção de CDB préfixado de três anos com rendimento 380% a mais do que a poupança.  Assim como na poupança, outros investimentos da renda fixa não reduzem o valor principal. O Imposto de Renda, por exemplo, é calculado em cima da rentabilidade. Na pior das hipóteses, você ficará, pelo menos, com o seu valor principal, como ocorre na caderneta. (GS)

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