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Reservas tiveram peso maior para tornar Brasil credor

Por FERNANDO NAKAGAWA E FABIO GRANER
Atualização:

Dados do setor externo divulgados hoje pelo Banco Central mostram que o fato de o Brasil ter se tornado credor externo líquido em janeiro pode ser atribuído muito mais ao aumento das reservas e dos ativos de bancos no exterior que à própria queda da dívida externa. No mês passado, a posição credora do Brasil no exterior era de US$ 6,983 bilhões. Em dezembro, o País era devedor em US$ 4,343 bilhões. Conforme os dados divulgados hoje, as reservas internacionais aumentaram US$ 7,147 bilhões ou 3,98% de dezembro para janeiro. Com a elevação, o montante terminou janeiro em US$ 187,507 bilhões. Em igual trajetória, os ativos de bancos no exterior (haveres) cresceram US$ 2,738 bilhões ou 27,04% na mesma base de comparação, para US$ 12,864 bilhões. Os créditos brasileiros no exterior tiveram ligeira redução, de US$ 76 milhões ou 2,61%, para US$ 2,819 bilhões. Juntos, os três itens correspondem ao total dos ativos brasileiros no exterior, valor que somava US$ 203,190 bilhões em janeiro. Essa cifra foi suficiente para cobrir totalmente o total da dívida externa no mesmo período, que somava US$ 196,207 bilhões no final de janeiro. Esse valor é US$ 1,490 bilhão ou 0,75% menor que o registrado em dezembro. O chefe do Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes, evitou fazer comentários a respeito dos números. Ele não quis avaliar, por exemplo, a surpresa de parte do mercado financeiro que acreditava que o País passaria a ser credor apenas em fevereiro ou março. Ele se limitou a avaliar que esse "indicador tem apresentado uma evolução muito positiva".

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