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Resgate dos EUA a montadoras pode sair nesta 2ª, diz sindicato

Negociações entraram num impasse no domingo, em torno da criação de uma 'autoridade federal' para o setor

Por Nathália Ferreira , Fabiana Holtz e da Agência Estado
Atualização:

O presidente do sindicato dos trabalhadores da indústria automotiva (United Auto Workers - UAW), Ron Gettelfinger, afirmou que um acordo de resgate da indústria automotiva pode ser alcançado ainda nesta segunda-feira, 8, e o sindicato está pronto para colocar todas as opções na mesa em qualquer discussão sobre a ajuda, relatou a rede de notícias financeiras CNBC.   Veja também: Indústria automotiva dos EUA pode desaparecer, diz Nobel Desemprego, a terceira fase da crise financeira global Entenda a disparada do dólar e seus efeitos Dicionário da crise  Lições de 29 Como o mundo reage à crise    Gettelfinger disse que a administração das montadoras não pode ser culpada pela desaceleração do setor. Segundo ele, é prematuro discutir uma fusão entre General Motors e Chrysler e outras opções precisam ser avaliadas.   As negociações sobre o plano de resgate do governo norte-americano para as três grandes montadoras de Detroit entraram num impasse no domingo, visto que o Congresso e a Casa Branca ainda discutem a criação de uma "autoridade federal", que iria supervisionar uma reestruturação do setor. Um ponto em discussão é quem iria indicar a autoridade supervisora: o presidente George W. Bush ou o presidente eleito Barack Obama.   Entretanto, democratas disseram que um acordo de emergência era iminente após um fim de semana de negociações com a Casa Branca, envolvendo cerca de US$ 15 bilhões em financiamento de curto prazo para as montadoras - o suficiente para que sigam abertas até março. Os republicanos, no entanto, disseram que a proposta deve enfrentar um duro debate nesta semana.   Os líderes do partido democrata querem uma solução até no máximo terça-feira, na expectativa de evitar um colapso de uma ou mais companhias que representam uma grande parte da base manufatureira dos EUA.   Enquanto isso, o senador democrata Chris Dodd, presidente do Comitê de Bancos do Senado, declarou ontem que as montadoras deveriam ter de substituir seus principais executivos em troca de um plano de resgate de longo prazo.   Obama sugeriu que iria apoiar tal plano, contanto que ele seja acompanhado de condições para "manter as montadoras abertas enquanto são feitas as mudanças que são necessárias" para sua sobrevivência no longo prazo, de acordo com a Associated Press. Em entrevista à NBC, no programa "Meet the Press", o presidente eleito também indicou que não acredita que a falência é um caminho aceitável para qualquer uma das companhias.   A Casa Branca está propondo a criação de um "consultor de viabilidade financeira", que iria ter autorização de imediato para negociar planos para a retomada da estabilidade econômica de cada uma das montadoras. O consultor iria ser autorizado a aprovar financiamentos de longo prazo.   Líderes da bancada Democrata tem esperança de que o acordo seja aprovado pelos republicanos do Congresso, seguindo para aprovação da Câmara e do Senado nesta semana. A idéia por detrás de um financiamento de curto prazo é manter as três principais montadoras do país em operação enquanto continuam as negociações políticas sobre uma ajuda de longo prazo e a reestruturação enquanto os Democratas aguardam para assumir o controle do Congresso e da Casa Branca. Uma demora na discussão de questões mais fundamentais também iria garantir que Obama terá uma voz ativa no futuro da indústria.   Enquanto as vendas de veículos despencam, a General Motors (GM), Ford Motor e a Chrysler tem buscado US$ 34 bilhões em empréstimos do governo. A GM e a Chrysler dizem precisar de mais dinheiro ainda este ano para evitar o colapso.

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