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Resultado do IGP-10 não deve alterar decisão do Copom

Por Agencia Estado
Atualização:

O salto no Índice Geral de Preços-10 (IGP-10), que ficou em 0,83% em novembro ante 0,23% de outubro, não deve modificar a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), que hoje divulga sua decisão sobre a taxa básica de juros do País (Selic). A avaliação foi feita pelo coordenador de Análises Econômicas da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Salomão Quadros. No entanto, o economista acredita que o Copom deve seguir aumentando a Selic. "A política monetária leva em consideração inúmeras variáveis, não vai modificar completamente a decisão (a alta do IGP-10). O Banco Central vem fazendo ajustes e propondo a subida gradual da taxa de juros. Aparentemente, vai continuar elevando", afirmou. Segundo o economista, o núcleo da inflação está se mantendo entre 0,40% e 0,42% "há alguns meses", o que indica uma inflação mais estável. Pressões de alta De acordo com Quadros, os aumentos dos combustíveis e de produtos siderúrgicos foram os principais responsáveis pela elevação do IGP-10 em novembro. Segundo a FGV, as maiores altas no Índice de Preços por Atacado (IPA), que registrou alta de 1,02% em novembro ante 0,25% do mês anterior, foram de combustíveis. Os óleos combustíveis, por exemplo, passaram de -3,40% em outubro para 9,67% em novembro. O óleo diesel subiu de 0,28% para 3,04% e o álcool etílico hidratado ficou 9,94% mais caro em novembro, frente queda de 0,19% no mês anterior. No Índice de Preços ao Consumidor (IPC), a gasolina passou de -0,90% para 3,12%. A inflação do álcool combustível foi ainda maior, de 0,39% em outubro saltou para 7,35% este mês. Juntos, gasolina e álcool responderam por 54% da alta de 0,24% do IPC registrada em novembro.

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