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Retrato favorável do investimento industrial em 2017

CNI mostrou que 76% das grandes empresas do setor investiram em 2017, porcentual mais elevado do que era previsto no início do ano passado, e 81% das indústrias pretendem investir em 2018

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Por Redação
Atualização:

Após três anos de recuo, a retomada dos investimentos industriais foi nítida em 2017. A dúvida é se o ímpeto dos empresários do setor persistirá ao longo de 2018, tendo em vista o ritmo vagaroso de recuperação da economia e o crescimento das incertezas políticas.

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A última publicação Investimentos na Indústria da Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostrou que 76% das grandes empresas do setor investiram em 2017, porcentual mais elevado do que era previsto no início do ano passado, e 81% das indústrias pretendem investir em 2018. Se o porcentual previsto para este ano se confirmar, será igual ao de 2014, quando a recessão econômica estava começando. Em 2015, o porcentual das companhias que investiram foi de 74% e em 2016, de 67%. Em 2017, 47% das empresas investiram o que planejaram, maior nível desde 2012.

Em parte, os investimentos não podem ser adiados, sob pena de perda de mercado. É o caso da reforma de equipamentos que ficaram obsoletos. A CNI destacou os objetivos de melhorar o processo produtivo (citado por 29% das indústrias que investiram) e de aumentar a capacidade de produção da linha atual (27%). A aquisição de novas tecnologias foi citada por 18% das empresas. A aquisição de máquinas e equipamentos determinou 64% dos gastos de capital.

As decisões de investimentos foram influenciadas, positivamente, por demanda (50%) e fatores técnicos (38%). O teste do crescimento do investimento em 2018 será o ritmo da atividade econômica.

Os principais fatores negativos foram a regulação/burocracia (53%) e a oferta de recursos financeiros (51%). Nada menos de 75% dos investimentos foram feitos com recursos próprios das empresas, o que evidencia a urgência da redução de juros e spreads para estimular investimentos.

Entre 2016 e 2017, aumentou de 41% para 47% a participação de itens importados nos investimentos em máquinas e equipamentos, em detrimento da indústria local. É possível que essa situação se altere ao longo deste ano, em decorrência da desvalorização do real e, portanto, do câmbio desfavorável para os importadores.

Um dos fatos mais relevantes é que 91% das empresas consultadas declararam ter capacidade para atender à demanda. Ou seja, predomina a expectativa de melhora futura da demanda, justificando os investimentos atuais.

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