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Reunião do G-8 já enfrenta protestos

Por Agencia Estado
Atualização:

"Eles são apenas 8, nós somos muito mais". Com esse lema, começaram hoje as manifestações contra a reunião do G-8, que ocorre neste fim de semana, em Evian, na França. Cerca de dois mil ativistas desembarcaram na cidade suíça de Lausanne, a poucos quilômetros de Evian, e, mesmo com um forte esquema de segurança, trens foram depredados pelos ativistas, vindos da Alemanha, Itália e de outras regiões da Europa. Lausanne hospedará os chefes-de-estado dos países em desenvolvimento, entre eles o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A cidade se transformou em mais um alvo dos manifestantes, que estão impedidos de chegar à Evian. Na fronteira entre a Suíça e a França, a polícia informou que centenas de pessoas foram impedidas de entrar no território suíço, onde o governo possui listas de "personas non-gratas" e de potenciais perturbadores. Durante a primeira passeata contra o G-8, que reuniu 4 mil pessoas em Lausanne, o cortejo percorreu a cidade em relativa calma. "Estamos aqui para protestar em paz", afirmou um jovem alemão. "O G-8 é ilegal e temos que dar essa mensagem ao mundo ", afirma uma estudante francesa. A manifestação ainda montou um "muro da vergonha", onde os ativistas escreveram todos atos classificados por eles como criminosos realizados pelos membros do G-8. "Estamos fazendo isso para mostrar que não vamos assistir a um encontro de chefes de estado sem dizer o que pensamos sobre eles ", afirmou Dinu, um estudante da Basiléia de 19 anos e que há dois anos percorre a Europa participando de protestos. "Já sou profissional nisso ". A tensão subiu quando a manifestação chegou ao centro de Lausanne. Membros do Black Block, grupo de ativistas extremistas, atiraram objetos sobre os policiais, que não reagiram. Inicialmente, os organizadores dos protestos previam a chegada de 100 mil pessoas à região de Evian. Mas diante das greves na França e das passeatas que estão ocorrendo nos últimos dias em Paris, os protestos contra o G-8 podem ser enfraquecidos. Os protestos continuarão durante toda a reunião, quando os manifestantes prometem "surpresas " para tentar evitar que a Cúpula de Evian ocorra normalmente.

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