RIO - Em mais uma rodada de negociações pelo dissídio de setembro, petroleiros e Petrobrás não chegaram a um acordo, com a empresa se recusando a prorrogar o Acordo Coletivo de Trabalho até o ano que vem, como propõem os sindicatos, e mantendo a decisão de não reajustar o salário da categoria este ano.
A Federação Única dos Petroleiros (FUP) quer ajuste pela inflação oficial (IPCA) mais aumento real de 2,2%, para repor perdas acumuladas desde 2016, segundo a entidade. A Petrobrás confirmou a proposta de reajuste zero aos trabalhadores em 2020.
“Queremos negociar o acordo com tranquilidade, o que é impossível quando estamos com tantos companheiros afetados pela covid-19 e metade dos trabalhadores em home office”, cobrou o diretor da FUP, Paulo Neves, durante a reunião.
A FUP e a Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) estão negociando separadas com a estatal, mas as duas entidades querem a prorrogação das negociações para 2021, por causa da pandemia. Hoje, será a vez da FNP se reunir com a Petrobrás.
A FUP reivindica também o direito de usar a plataforma da Petrobrás para comunicação interna (workplace) na negociação para levar o andamento do acordo para todos os trabalhadores.