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Reuniões do FMI e G-20 visam coordenar esforços entre países, diz Guardia

Ministro da Fazenda disse que o protecionismo é uma preocupação de todos e que a economia mundial está em um momento muito bom de crescimento

Por Ricardo Leopoldo
Atualização:

WASHINGTON - O Ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, disse, ao participar das Reuniões de Primavera do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial neste sábado, 21, que as reuniões do FMI e do G-20 visam coordenar esforços entre países.

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Segundo Guardia, no G-20 foi discutida economia digital e impactos sobre a geração de emprego. A resposta, segundo ele, é incentivar empreendedorismo e pequenas empresas. Foram discutidos ainda temas tributários, com questões relacionadas à economia digital. Na ocasião, foi falado muito sobre a questão comercial. "Há clareza de que a abertura comercial é importante para elevar o crescimento potencial", afirmou.

Eduardo Guardia Foto: Dida Sampaio/Estadão

O ministro disse que o protecionismo é uma preocupação de todos na reunião do FMI e do G-20. No encontro, discutiu-se o reforço de instituições como o FMI e a Organização Mundial do Comércio (OMC). Para ele, a economia mundial está em um momento muito bom de crescimento e há uma janela de oportunidades para que os países avancem os fundamentos de suas economias.

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Guardia citou a importância da normalidade da política monetária americana e do risco de acirramento comercial. Segundo ele, é preciso avançar nas reformas estruturais para que se avance a sustentabilidade fiscal. Ele explicou que houve um crescimento muito grande da dívida pública pelo mundo e que o FMI já destacou o Brasil como um das economias que elevou o seu crescimento.

O ministro da Fazenda disse que projeções de analistas sobre o PIB brasileiro consideram a alta da produtividade e da política monetária. "Talvez, as projeções do FMI estejam um pouco atrás em relação ao Brasil", comentou.

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Ele disse que, em breve, será enviado ao Congresso projeto de simplificação de PIS e Cofins e destacou a necessidade de eliminação de graves distorções tributárias no Brasil. O ministro afirmou ainda que o mercado de trabalho está retomando força de acordo com o esperado e explicou que o que garante crescimento sustentado é a consistência da política econômica. "Precisamos ter compromisso com as reformas, o que permitiu ao BC reduzir juros."

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Segundo o ministro, o FMI compartilha a posição sobre a necessidade de consolidação fiscal no Brasil e disse que o desequilíbrio fiscal mais importante de ser atacado é a Previdência. Para ele, a necessidade de reformas no Brasil é absoluta e é preciso ter um sistema de comércio com regras claras e transparentes.

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Ele disse ainda que vê com muito bons olhos uma eventual parceria do Brasil com o Transpacífico, mas afirmou que não há nada definido de tratativas sobre isso com o ministério da Fazenda. "Queremos ter relações com outros blocos e países para elevar o comércio no Brasil", explicou.

O ministro disse também que o Banco Mundial questionou a eficiência do Inovar Auto e explicou que o programa é uma negociação importante que está sendo feita desde 2017, mas que ainda não há avaliação. Ele comentou ainda que, no encontro com o FMI, o tema eleições não foi discutido, mas disse que o próximo governo terá de enfrentar o desequilíbrio fiscal. "Torço para que assuma o governo alguém totalmente comprometido com as reformas no Brasil", acrescentou.

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