O agravamento da crise financeira internacional sobre a economia brasileira aumenta as chances de o cidadão sofrer algum efeito da crise global em vários aspectos da vida financeira. Por isso, o poupador precisa se antecipar a eventuais problemas. "Disciplina será a palavra-chave em 2009, tanto no consumo como nas escolhas de investimento", afirma o consultor financeiro Gustavo Cerbasi. Providências simples e específicas fazem grande diferença para cada frente de atenção do poupador, como investimentos, financiamento imobiliário, emprego e negócio próprio. Uma medida é organizar as finanças na ordem correta de prioridade - primeiro as dívidas, depois as despesas e, por fim, os investimentos. A incerteza no mercado de trabalho exige também reforço das reservas para imprevistos. "A poupança deve ser suficiente para enfrentar ou até mesmo superar 12 meses, porque a espera por recolocação, em períodos de crise, tende a aumentar", diz o especialista em planejamento financeiro Fabiano Calil. A edição de fevereiro da revista AE Investimentos, nas bancas a partir desta quinta-feira, 5 de fevereiro, apresenta também as vantagens, desvantagens da compra de uma renda vitalícia. Investidores na faixa dos 60 anos que disponham de valores a partir de R$ 300 mil, por exemplo, podem comprar uma renda de mensal de R$ 2 mil para o resto da vida. A compra do benefício tem seus contras, como o preço, e seus prós, como garantir um fluxo estável de renda na aposentadoria. Outras possibilidades de investimento avaliadas na edição são os CDBs - que, apesar da segurança, podem apresentar rentabilidade abaixo da esperada se mal-utilizados pelo poupador - e os imóveis no litoral, para venda ou aluguel. O leitor encontra também análises e perspectivas para a Bolsa, com destaque para o setor de construção, o mais desvalorizado em 2008; para os fundos, com uma apresentação das tendências para os multimercados; e para o dólar, cuja instabilidade atrapalhou muita gente nos últimos meses. A edição 25 de AE Investimentos traz ainda um balanço dos principais erros dos investidores nos últimos meses, um roteiro para controle de dívidas e a visão de observadores refinados do cenário, como o ex-banqueiro e historiador econômico americano Charles Morris.