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Rigotto apóia calçadistas e critica política cambial de Lula

De acordo com Rigotto, o real está artificialmente valorizado e, com isso, o setor perdeu a competitividade

Por Agencia Estado
Atualização:

Desta vez foi o setor calçadista que reclamou da desvalorização do dólar frente ao real. Hoje, empresários de calçados do Vale dos Sinos (RS) estão em Brasília. Governantes da região apóiam as manifestações. Presente em uma reunião com cerca de 500 empresários e trabalhadores no auditório Petrônio Portela no Senado, o governador do Rio Grande do Sul, Germano Rigotto (PMDB), acusou a política cambial do governo Lula de ser a grande responsável pela crise do setor calçadista do seu Estado. A acusação de Rigotto é apoiada pelo prefeito do município de Campo Bom (RS), Giovani Feltes, que é um dos coordenadores da marcha em defesa do setor calçadista exportador do Rio Grande do Sul. Empresários pedem mais crédito ao Banco nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para as indústrias em dificuldades, recursos orçamentários para os Estados compensarem os créditos da Lei Kandir e elevação das tarifas de importação de calçados. De acordo com Rigotto, o real está artificialmente valorizado e, com isso, o setor perdeu a competitividade. "Tudo o que fizemos é paliativo", disse o governador referindo-se às medidas adotadas pelo Rio Grande do Sul para amenizar o problema, como a redução do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). "Não há solução sem mudar a política econômica", acrescentou. Uma comissão dos manifestantes deve encontrar-se ainda hoje, por volta das 15 horas, com o secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Ivan Ramalho. Na seqüência, com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e com o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho. Serão apresentadas sugestões de medidas que possam compensar as perdas com o câmbio desvalorizado.

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