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Rio concorrerá para construir navios da Transpetro

Por Agencia Estado
Atualização:

O Estado do Rio de Janeiro vai participar da concorrência para construir os navios petroleiros da Transpetro com pelo menos sete propostas, afirmou hoje o secretário de Energia, Indústria Naval e Petróleo, Wagner Victer. Segundo ele, todos os estaleiros que devem apresentar a proposta para se qualificarem junto à Transpetro estão formando parcerias com estrangeiros e estas ainda não podem ser reveladas. Os estaleiros fluminenses que deverão participar do processo de pré-qualificação serão Rionave (antigo Caneco), Sermetal (ex-Ishibrás), Estaleiro Ilha S/A (Eisa), Brasfels (ex-Verolme), Renave, Mauá Jurong, e ainda a estatal Nuclep, em Itaguaí. Os parceiros, sem ordem correlata, são os coreanos Daewoo, Hyundai e STX, a francesa Technitas, a polonesa Gdnynia, o português Lisnave e o Jurong de Cingapura, este sim já praticamente oficializado em parceria com seu braço brasileiro, o Mauá Jurong. Outra parceria, não confirmada por Victer, mas que vem sendo comentada nos bastidores da indústria naval é a do estaleiro Brasfels, do grupo Kepel Fels, com o coreano Daewoo. O grupo deve entrar na disputa para brigar por pelo menos 11 dos 42 petroleiros que serão encomendados. Também já é praticamente oficializada a parceria entre o grupo polonês e a Nuclep, que vai contar ainda como sócio no negócio a construtora PEM Setal, antigo parceiro da Fels no estaleiro de Angra dos Reis. Segundo Victer, que participou, hoje, da abertura de seminário sobre a indústria naval, alguns grupos formarão consórcios para atender as exigências do edital em relação ao patrimônio mínimo e outros assinarão apenas contratos de assistência tecnológica. "É preciso destacar, entretanto, que o Rio não vai participar com nenhum estaleiro virtual", disse. O secretário vem constantemente fazendo críticas aos estaleiros virtuais. "Quem concorrer nesta licitação com um estaleiro virtual terá uma espada de Dêmocles pairando sobre sua cabeça", disse, citando o mito grego, no qual uma espada fica sobre a cabeça do soldado Dêmocles segura apenas por um fio de cabelo. Ainda segundo Victer, quase todos os estaleiros fluminenses vão disputar a concorrência nas principais categorias do edital, as que prevêem os navios de maior porte. Apenas o Rionave se inscreveu para as categorias B e C, que prevê a construção de navios voltados para gás e transportes de derivados de petróleo até o tamanho máximo das embarcações do tipo Panamax. A categoria A qualifica os estaleiros que poderão construir os maiores petroleiros que são da classe Suezmax e Aframax. A categoria A faz a exigência de que os estaleiros tenham capacidade de construir navios de 48 metros de largura e isso deve limitar a participação de alguns no negócio, como é o caso do estaleiro Itajaí, em Santa Catarina, que deve participar apenas da concorrência pelo navio gaseiro.

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