
30 de agosto de 2012 | 03h10
O governo do Estado do Rio de Janeiro baixou ontem decreto que reduziu de 24% para 2% o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) incidente na produção do etanol. A medida visa a incentivar novos investimentos na indústria canavieira que resultem, no prazo de até dez anos, em aumento na produção fluminense do biocombustível.
O secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços, Júlio Bueno, destacou que o etanol produzido no Rio é incapaz de atender à demanda local.
"Nosso compromisso é a produtividade. Esperamos que, em dez anos, atraídos pelo incentivo tributário, surjam de quatro a cinco novas usinas (o dobro das em funcionamento hoje), que aumentem a produção do Estado, pequena em relação à média nacional", disse o secretário antes da abertura do seminário Rio Capital da Energia.
Na safra passada, o Rio produziu 70 milhões de litros de etanol, o que representa 0,5% da produção nacional de 14 bilhões de litros. O Rio consome em média 5% da produção nacional, "o que demonstra haver espaço para crescer a produção e atender à demanda", acrescentou Bueno.
Produtor. O decreto diminuiu bastante o ICMS do etanol em relação aos 12% cobrados em São Paulo. "Hoje, quase 90% do etanol que consumimos vêm de São Paulo. Nosso objetivo não é virar produtor nacional, mas sim fazer com que o Rio produza mais", afirmou o secretário.
Assinado durante a abertura do evento pelo governador Sérgio Cabral Filho (PMDB), o decreto tem como alvo as novas empresas que se instalarem no Estado.
O tratamento tributário diferenciado não será aplicado a usinas com débito na Fazenda Estadual ou na Dívida Ativa do Estado./ S.T.
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