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Risco Brasil cai abaixo de 2 mil pontos

Por Agencia Estado
Atualização:

Os bônus da dívida do Brasil deram continuidade a semana de recuperação e subiram em Nova York, com os investidores se perguntando se a eleição presidencial deste domingo vai trazer notícias boas ou ruins ao mercado. O risco brasil caiu 85 pontos-base, para 1.953 pontos-base, da máxima de 2.400 pontos-base registrado na semana passada. Os títulos da dívida brasileira se recuperaram apesar das pesquisas de opinião terem mostrado esta semana que o candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, está perto de obter a vitória no primeiro turno da eleição, com 49% dos votos válidos. Lula precisa de 50% dos votos válidos e mais um para evitar a disputa do segundo turno no final do mês. "Provavelmente, nos últimos dias, cresceu a convicção de que uma vitória de Lula pode não significar necessariamente o fim do mundo para o mercado", disse o estrategista de dívida latino-americana da UBS Warburg em Nova York, Javier Kulesz. "Há espaço para Lula ser uma surpresa positiva ao mercado". Contudo, nem todos os analistas concordam que o mercado está ficando mais confortável com a idéia de um Lula como presidente do Brasil e alguns ainda têm esperança de que o candidato do governo, José Serra, possa vencer se conseguir forçar a disputa do segundo turno. O Morgan Stanley escreveu no boletim de pesquisa que a alta desta semana dos bônus brasileiros "sugere que o investidor e, em particular os locais, estão antecipando a realização do segundo turno". A Merrill Lynch elevou a recomendação para a dívida brasileira de "underweight" (peso abaixo da média do mercado) para "marketweight" (peso na média do mercado), aconselhando os clientes a não agirem agressivamente nos primeiros dias depois da votação de domingo, não importando qual seja o resultado. Quando a eleição for decidida, os participantes do mercado vão observar os primeiros movimentos do novo governo em busca de sinais sobre como deverá ser a futura administração.

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