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Risco Brasil é o maior do ano

Por Agencia Estado
Atualização:

O nervosismo dos investidores em relação aos resultados da próxima pesquisa eleitoral a ser divulgada fez o risco Brasil disparar cerca de 50 pontos-base hoje. O subíndice Brasil do EMBI+, que é calculado pelo JP Morgan e reflete o temor dos investidores com relação a dívida de um país, estava próximo de 950 pontos-base no final da tarde. Segundo uma estrategista de renda fixa de um grande banco de investimento europeu, o mercado já está antecipando um resultado negativo da pesquisa Toledo & Associados/Isto É, que deverá ser divulgada neste final de semana. "O período da pesquisa inclui a primeira semana deste mês, o que significa que vai levar em conta o impacto das denúncias contidas na revista Veja sobre pedido de propina de um ex-diretor do Banco do Brasil na privatização da Vale do Rio Doce", afirmou a analista. Também na opinião do estrategista-chefe de dívida de mercados emergentes do banco Lehman Brothers, Marco Santamaria, o cenário político foi o que contribuiu para a alta no risco Brasil hoje. "O risco político vem afetando negativo os volumes dos títulos da dívida brasileira nos últimos dias. Mas hoje, especificamente, a preocupação é de que José Serra (candidato do PSDB) cairá mais ainda na próxima pesquisa de opinião", disse Santamari à Agência Estado. Segundo ele, a alta na taxa de risco do Brasil afetou o EMBI+, que é o índice geral do mercado de dívida de países emergentes. "Mas outros fatores contribuíram para afetar o mercado de dívida de emergentes como um todo", explicou Santamaria. Entre esses fatores, disse ele, estão pressões negativas no próprio mercado de dívida para empresas norte-americanas e um aumento na volatilidade das bolsas de valores dos Estados Unidos. "Além disso, os preços de commodities (excluindo o petróle o e derivados) estão cada vez mais fracos. O dólar também vem se desvalorizando. Tudo isso afetou de forma negativa o EMBI+", explicou o analista do Lehman Brothers.

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