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Risco de crise do dólar é o mais alto em uma década, diz Merrill

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Por Redação
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Uma crise do dólar que derrube as ações, os bônus e outros ativos norte-americanos representa um risco maior hoje do que nos últimos dez anos, disseram estrategistas do Merrill Lynch nesta segunda-feira. Em nota de pesquisa para clientes, os estrategistas do banco escreveram que não estão prevendo uma crise do tipo, mas reconheciam que as chances de que isso ocorra aumentaram. Entre os gatilhos potenciais, disseram, estaria uma decisão de bancos centrais estrangeiros de desacelerar a acumulação de dólares ou converter as reservas em dólares existentes em outras moedas. A decisão de exportadores de petróleo do Oriente Médio de ajustar as bases cambiais também poderia pressionar o dólar, diz o relatório, da mesma forma que afetariam mais problemas no sistema financeiro norte-americano relacionados a hipotecas e crédito. A alta do petróleo e a queda do dólar aumentaram a pressão inflacionária em países como os Emirados Árabes Unidos, que disseram que vão revisar sua política cambial. Ainda que haja definições diferentes, o Meriill disse que uma crise do dólar pode ser descrita como uma "fraqueza intensa, normalmente de curta duração, que impulsione ou acompanhe um declínio em outros ativos norte-americanos". Usando esse critério, o banco disse que ocorreram crises do dólar em 1977-78, 1987-88, 1990 e 1994-1995. O dólar caiu mais de 10 por cento ante uma cesta de seis moedas neste ano. O euro subiu 12,5 por cento diante do dólar em 2007, atingindo na semana passada o recorde de alta a pouco menos de 1,50 dólar. (Por Steven C. Johnson)

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