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Risco de déficit de energia é inferior a 5% até 2006

Por Agencia Estado
Atualização:

O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) apresentará amanhã ao presidente da Câmara de Gestão da Crise de Energia Elétrica (GCE), ministro Pedro Parente, um estudo que mostra que o risco de déficit energético até 2006 é inferior a 5%. A informação foi dada pelo presidente do ONS, Mário Santos, após participar de audiência pública na Comissão Especial de Revitalização do Rio São Francisco, no Senado Federal. O ONS considerou a entrada de 13.995 MW novos no sistema até 2004 com a energia que será produzida pelas 38 usinas térmicas a gás que fazem parte do Programa Prioritário de Termeletricidade (PPT). O estudo é feito com base em duas mil simulações que levam em leva em conta a hidrologia (volume de água) registrada nos últimos 70 anos. Destas duas mil simulações, apenas 100 indicam probabilidade racionamento. A Análise Conjuntural de Risco de Déficit usa o mesmo método que vem sendo aplicado nos últimos anos. "Fazemos uma avaliação probabilística, isso não quer dizer que não vai haver racionamento", disse Santos. Ele lembrou que em 1999 as análises mostravam um risco de déficit "altíssimo", mas o volume de chuvas de 2000 afastou o problema. Em 2000, aconteceu o oposto, as análises previam alto índice de chuvas para 2001 e houve necessidade de racionamento. No caso específico do Sudeste e do Centro-Oeste, o maior risco é de 1,7% em 2006. De acordo com um técnico do setor, o risco de déficit nestas duas regiões é de 0% em 2002, de 0,4% em 2003, de 0,9% em 2004, de 1% em 2005. Esses índices não consideram a energia produzida pela térmicas emergenciais, contratadas para evitar o racionamento em 2002. No Nordeste, o risco é de 0,1% em 2002, 1,7% em 2003, 3,7% em 2004, 6,3% 2005 e 9,9% em 2006. Nestes dois últimos anos o risco cai para 2,4% e 4,8% com a utilização das térmicas emergenciais. Para abastecer a região foram contratadas usinas que fornecerão 1.555 MW. O consumo da região é cerca de 5.400 MW.

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