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Risco país registra segundo menor nível da história

Por Agencia Estado
Atualização:

O risco país ? taxa que mede a desconfiança do investidor estrangeiro em relação à capacidade de pagamento da dívida do País ? fechou em 400 pontos base ontem e registrou o segundo menor nível da história ficando atrás apenas da marca de 396 pontos registrada em 12 de janeiro de 2004. Hoje, às 12h54, o risco país já está em um patamar ainda mais baixo, em 395 pontos base. Esta taxa representa o prêmio que os investidores estrangeiros pedem para negociar os títulos da dívida brasileira. O risco em 400 pontos base, como o fechamento de ontem, significa que o governo paga um prêmio de 4 pontos porcentuais acima dos juros dos títulos norte-americanos, considerados sem risco. No acumulado do ano, o risco país apresenta queda de 13,6%. Vale lembrar que em 27 de setembro de 2002, no auge da crise de confiança dos investidores estrangeiros, o risco atingiu seu maior nível ao registrar 2.443 pontos, o que significa queda de 83,6% do risco país em relação ao fechamento de ontem. Motivos para queda De acordo com a GRC Visão ? associação entre a GlobalInvest e a RC Consultores ?, a redução do risco é atribuída, primordialmente, ao cenário internacional favorável. Ou seja, a manutenção das taxas de juros nas economias centrais nos menores níveis já vistos nas últimas décadas ocasionou em uma enxurrada de capitais para as economias emergentes. Essa entrada de capitais colaborou muito para que essas economias executassem os ajustes externos necessários para serem menos vulneráveis em momentos de crises internacionais. Com isso, a melhora do risco país não foi um evento exclusivo do Brasil. Todos os países emergentes apresentaram queda, destaca a GRC Visão. A empresa avalia ainda que, no caso do brasileiro, a melhora está condicionada a alguns fatores que contribuíram, e devem continuar contribuindo, para o risco permanecer em nível baixo. São eles: elevado saldo em transações correntes; redução da dívida atrelada a moeda estrangeira; política fiscal austera que fortalece a capacidade de solvência doméstica do país; e política monetária restritiva visando o equilíbrio dos preços.

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