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Ritmo de serviços depende do ritmo da economia

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Por Redação
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A atividade econômica patina e o mesmo ocorre com o segmento terciário, revelou a Pesquisa Mensal de Serviços do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em março, o crescimento nominal do setor foi de apenas 6,8% em relação a março do ano passado, ou seja, apenas levemente maior do que a inflação oficial. Como notou o técnico Roberto Saldanha, da Coordenação de Serviços e Comércio do IBGE, a evolução lenta do setor se deve à dependência da produção física: "O setor de serviços é complementar aos setores industrial, agrícola e do comércio. Então, para ele voltar a crescer, é necessário que os outros setores acompanhem. Os serviços não vão crescer por si sós". Na série com ajuste sazonal, não divulgado pelo IBGE, mas calculado por consultorias privadas, a LCA constatou que houve queda de 0,5% na atividade de serviços entre fevereiro e março - o que não ocorria desde maio de 2013. Na comparação em bases trimestrais também houve forte desaceleração em relação ao quarto trimestre de 2013 (de 2,8% para 1,5%).Na comparação entre os meses de março de 2013 e 2014, o item que mais cresceu foi o de serviços prestados às famílias (10%), mas seu peso é relativamente pequeno (10,3%). O item mais forte (transportes, serviços auxiliares de transportes e correios, que pesam 36,8% na mostra), cresceu 8% nominais, em março, e 10,8%, em 12 meses. O segundo item com maior participação (serviços profissionais, administrativos e auxiliares, com 27,9%), avançou 8,8% no mês e 8,5% em 12 meses.A maior influência negativa veio dos serviços de informação e comunicação (+4,4% nominais), com destaque para o subitem serviços audiovisuais, edição e agências de notícias) que cresceu 3% nominais, ou seja, bem abaixo da inflação. Os técnicos do IBGE registraram a queda de vendas de livros didáticos, em março. Mas se trata de fenômeno esperado, passado o momento das matrículas e da aquisição de material escolar, em janeiro e fevereiro.Em 2012 e 2013, o setor de serviços mostrou uma taxa anual de crescimento próxima de 2%, levemente abaixo do crescimento da indústria (2,4%) e muito inferior ao da agropecuária (7%). É improvável uma recuperação mais expressiva, neste ano, por conta do enfraquecimento das contas dos maiores contratadores (os governos federal, estaduais e municipais) e da economia em ritmo fraco.

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