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Landim diz que vai conciliar cargo no conselho da Petrobras com presidência do Flamengo

Atual presidente do clube de futebol, Rodolfo Landim diz que não pretende deixar o posto nos próximos três anos, mesmo se for eleito para o conselho da estatal

Foto do author Marcio Dolzan
Por Denise Luna (Broadcast) e Marcio Dolzan
Atualização:

RIO - O presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, afirmou que não pretende deixar o Flamengo nos próximos três anos e que vai conciliar o cargo com o de conselheiro da Petrobras, se for eleito no próximo dia 13 de abril. Para ele, a indicação do seu nome foi "um presente" do governo para os empregados da estatal, onde trabalhou por 26 anos. 

"Eu jamais deixaria que meu nome tivesse sido indicado para alguma coisa que eu não pudesse conciliar com o Flamengo. Eu jamais colocaria em grau de prioridade inferior o compromisso que eu assumi com a torcida do Flamengo e com os sócios do Flamengo", disse Landim, ao sair da assembleia para eleger o novo presidente da CBF, realizada nesta quarta-feira, 23, no Rio de Janeiro

Rodolfo Landim, presidente do Flamengo; Landim pretende conciliar cargo com o de conselheiro da Petrobras, caso seja eleito ao colegiado da estatal. Foto: Fábio Motta/Estadão

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Esta foi a primeira vez que o executivo comentou a indicação do seu nome para o Conselho da Petrobras, e aparentemente afasta boatos de que a intenção da indicação de Landim, executivo próximo ao presidente Jair Bolsonaro, teria como objetivo substituir o atual presidente, general Joaquim Silva e Luna, que tem sido criticado por Bolsonaro por causa dos recentes aumentos dos combustíveis.

O nome de Landim ainda precisa passar pela Assembleia Geral Ordinária (AGO) da Petrobras, em 13 de abril, mas como a União é a acionista majoritária, a aprovação do nome do presidente do Flamengo já é dada como certa.

"Eu vou dedicar meu tempo ao Flamengo pelos próximos três anos, se saúde tiver. Se for eleito para o Conselho da Petrobras, vou ficar lá pelo tempo que os acionistas desejarem", disse Landim a jornalistas.

O executivo justificou sua indicação como reconhecimento da sua vida profissional, citando que começou a trabalhar na área de petróleo em 1980, passando quase três décadas na Petrobras, além de ter sido conselheiro de empresas de capital aberto no exterior e de prestação de serviços da área de petróleo

"Fui presidente de empresas de óleo e gás aqui no Brasil que são empresas de capital aberto. Fui sócio majoritário de uma empresa minha de capital fechado, conselheiro de empresas do exterior e de várias outras instituições", explicou. "Acho que tenho um currículo razoavelmente grande para ser convidado para essa função", completou.

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Segundo Landim, o governo estaria dando reconhecimento para as pessoas que um dia trabalharam ou trabalham na Petrobras.

"É acreditar que pessoas que desenvolveram conhecimento e tiveram como base aquela companhia, podem ajudar a dirigir os destinos daquela companhia", afirmou.  

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