PUBLICIDADE

Rodrigues reafirma que sojicultor deve respeitar contrato

Veja o especial sobre o Agrishow

Por Agencia Estado
Atualização:

O ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, voltou a dizer hoje, em Ribeirão Preto, durante a abertura da Agrishow, que os contratos firmados entre produtores e indústria precisam ser respeitados. Ele disse entender a situação dos produtores da região noroeste do Estado de São Paulo, que a exemplo de Goiás, estão recorrendo à Justiça com liminares para não entregar a soja contratada na ocasião do plantio. A soja foi vendida antecipadamente a US$ 23 a saca e hoje o produto vale US$ 50 a saca. A valorização ocorre, principalmente, por causa da perspectiva de quebra na produção na América do Sul. Rodrigues salientou que ele próprio fechou contratos em setembro e outubro de ano passado por US$ 11 a saca. "O governo não pode fazer nada a esse respeito pois se trata de uma questão privada entre produtores e indústrias", disse. Ele ressaltou que "contrato é contrato e precisa ser respeitado". Riscos Já o secretário de Agricultura de São Paulo, Antônio Duarte Nogueira Júnior, observou que no ano passado ocorreram situações semelhantes à de agora, quando os sojicultores venderam o produto a preços mais baixos, e não queriam entregar a safra. Ele, no entanto, endossou a opinião do ministro Rodrigues: "Contratos dessa natureza implicam riscos e oportunidades para ambos os lados e eles (os sojicultores) têm de cumpri-los". Negociação O presidente da Sociedade Rural Brasileira (SRB), João Sampaio Filho, afirmou durante abertura da Agrishow em Ribeirão preto, que a entidade já procurou o presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), Carlo Lovatelli, para que interceda na busca de um acordo entre agricultores e a indústria processadora. Sampaio Filho considera que os contratos devem ser cumpridos, mas acrescenta que "é importante que a negociação impere". Sampaio Filho afirma que a Abiove teria informado que as indústrias iriam negociar caso a caso com os produtores de soja paulistas. Uma possível saída para o impasse seria o parcelamento anual de dívidas dos produtores.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.