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Rombo da Varig cresce e chega a R$ 9,4 bilhões

Por Agencia Estado
Atualização:

A situação financeira e patrimonial da Varig é bem pior do que se imaginava. Documento "confidencial" intitulado "Reestruturação da Varig", ao qual o Estado teve acesso, mostra que o passivo total já atingia R$ 9,472 bilhões em 31 de dezembro. O número representa um crescimento de 39% no passivo em relação a 2003. O documento trata apenas do passivo da empresa, com valores que diferem dos que constam nos balanços enviados à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). No terceiro trimestre do ano passado, último balanço disponível, o passivo era de R$ 6,6 bilhões e vinha em ligeira queda. No trimestre anterior, era R$ 260 milhões maior. Caso o plano de reestruturação que está sendo elaborado pelo Unibanco, em conjunto com o Wald Advogados e a Trevisan Consultoria, seja levado adiante, haverá mais uma conta de R$ 500 milhões com rescisões e passivos trabalhistas, conforme o documento. O plano prevê demissão de todos os 11,5 mil funcionários e a recontratação de parte deles numa nova Varig, que ficaria blindada de todo o passivo. ´Esqueletos´ à bordo - Apesar da magnitude dos valores, ainda assim eles parecem não dizer tudo. O texto abre com uma "Nota de Ressalva" em que Unibanco, Wald Advogados e Trevisan advertem que não se responsabilizam nem pela exatidão nem pela veracidade dos números elaborados "com base e como resultado de informações fornecidas pelos administradores do Grupo Varig e fontes públicas, sem qualquer verificação independente". Com isso, sugerem a existência de "esqueletos", o principal fator que explica o salto do passivo em 2004. O porta-voz da Varig, João Zacharias, afirma que, oficialmente, a empresa desconhece a existência do documento, que tem a chancela do Unibanco, do Wald e da Trevisan Consultoria. Diz, ainda, que não comenta os números nele contidos nem sua eventual atualização, porque o balanço de 31 de dezembro de 2004 ainda não foi encaminhado à CVM.

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