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Rossi Residencial reverte prejuízo e melhora endividamento no 1o tri

A Rossi Residencial reverteu prejuízo sofrido no primeiro trimestre do ano passado ao divulgar na noite de quarta-feira o quarto resultado trimestral positivo consecutivo, num balanço que trouxe melhora no nível de endividamento. "Embora o prejuízo já tenha sido revertido, o lucro ainda é pequeno, mas estamos melhorando um pouco a margem bruta a cada trimestre. A margem bruta vai melhorar à medida que a gente conseguir reduzir a alavancagem", disse à Reuters o diretor superintendente da companhia, Leonardo Diniz. Segundo ele, os projetos lançados nas safras de 2013 e 2014 estão com margens "bem superiores" à dos anos anteriores. No primeiro trimestre, a Rossi teve margem bruta de 20 por cento, alta anual de 5,3 pontos percentuais. A construtora e incorporadora teve lucro líquido de 6,8 milhões de reais no primeiro trimestre revertendo prejuízo de 10 milhões sofrido um ano antes. Previsões de quatro analistas apuradas pela Reuters variaram de leve prejuízo a um pequeno lucro para o primeiro trimestre deste ano. A Rossi teve geração de caixa de 167,5 milhões de reais, 15 por cento inferior ao resultado do quarto trimestre de 2013, mas, segundo o executivo, a cifra ficou além das projeções da companhia. A relação dívida líquida sobre patrimônio líquido caiu 7,4 pontos percentuais em base sequencial, a 89,9 por cento. Do lado operacional, a empresa também conseguiu fazer lançamentos, saindo do zero um ano antes para 157,8 milhões de reais entre janeiro e março. Mas as vendas caíram 2,6 por cento na comparação anual, para 577,8 milhões de reais. Já as rescisões de contratos aumentaram 42 por cento, a 237,6 milhões de reais. As cifras consideram os empreendimentos exclusivos da Rossi e os tocados em parceria com sócios. Quando considerada somente a parte Rossi, as rescisões somaram 179,2 milhões de reais nos três primeiros meses do ano. "Isso tem impacto num primeiro momento, mas no médio prazo isso volta, para o caixa e o resultado", disse Diniz, mencionando a velocidade de venda dos estoques. Para este ano, a previsão é que os distratos da parte Rossi fiquem em linha com 2013, quando somaram 588 milhões de reais. Os lançamentos em 2014 serão dados pela capacidade de geração da caixa da Rossi. "A prioridade não vai ser lançar e sim gerar caixa. A gente está conseguindo desalavancar a companhia. A gente deve lançar mais do que o ano passado. É uma suposição, pelo menos um desejo", disse. Em 2013, os lançamentos totais da Rossi foram de 1,4 bilhão de reais. Para a velocidade de vendas, a expectativa é de que a linha fique em linha com a do ano passado, quando alcançou 42,5 por cento. Sob o novo plano estratégico para o triênio de 2013 a 2015, a Rossi planejou dar foco aos segmentos de média e alta renda, com preço médio das unidades entre 200 mil e 1 milhão de reais. A receita líquida do primeiro trimestre caiu 10 por cento, para 488,4 milhões de reais. O Ebtida (sigla em inglês para lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) da Rossi foi de 38,7 milhões de reais no período, alta de 77,2 por cento sobre um ano antes.

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Por Redação
Atualização:

(Por Juliana Schincariol; Edição de Marcela Ayres)

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