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Rotatividade no Brasil é elevada

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Por Redação
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Mais de um terço dos postos de trabalho existentes no País estão sendo renovados a cada ano, com demissões e novas contratações. A rotatividade da mão-de-obra no Brasil é uma das mais altas da América Latina e ajuda a explicar por que o governo está gastando tanto em seguro-desemprego. Em 2006, o volume de demissões atingiu mais de 11,6 milhões de trabalhadores do setor formal da economia. Em seu lugar, as empresas contrataram outras 12,8 milhões de pessoas, resultando em uma expansão do número de empregados de 1,2 milhão. Entre a demissão e a nova contratação, 60% dos trabalhadores recorreram e foram beneficiados pelo seguro-desemprego. Entre janeiro e agosto deste ano, a mesma rotina se repetiu: 9,7 milhões de contratações e 8,4 milhões de demissões. Ou seja, embora o número de vagas ocupadas esteja crescendo, a quantidade de potenciais beneficiários do seguro-desemprego, mesmo que por um curto período, aumenta cada vez mais. A alta rotatividade é uma das características estruturais da economia do País, em decorrência da baixa qualificação da mão-de-obra. Além disso, diz o diretor do Departamento de Emprego e Salário do Ministério do Trabalho, Rodolfo Perez Torelly, ela foi acentuada nos últimos anos porque as empresas substituíram salários mais altos por outros mais baixos.

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