Quarta-feira, 11 de março de 2020. No horário oficial de Brasília, 13h26. Pela rede social Twitter, a Organização Mundial da Saúde declara que o mundo está sob uma pandemia, causada por um novo tipo de coronavírus. A doença naquele momento estava em 110 países, inclusive no Brasil, e havia afetado 118 mil pessoas.
O que viria pela frente dividiria muito a sociedade planetária ao longo de todos esses seis meses. Com o passar do tempo, a ciência e a saúde ganhariam todos os holofotes, principalmente entre aqueles que, desde o início, encararam a seriedade do problema.
Desde a gripe espanhola, há mais de cem anos, o mundo não assistia a algo parecido. Na era da tecnologia, então, em que cruzar fronteiras e continentes é cada vez mais rápido, foi impossível blindar as maiores nações do mundo. No Brasil, não foi diferente. Em uns Estados mais do que em outros, várias medidas começaram a ser tomadas para bloquear a circulação de pessoas e, consequentemente, reduzir os riscos de infecção.
Apesar de ser clichê, o mundo nunca mais será o mesmo. A forma de trabalhar, como mostra este especial sobre os seis meses de pandemia, pode ter mudado para sempre. As sequelas na educação, em que crianças tiveram de trocar a alegria das amizades escolares pela tristeza de um mundo 100% virtual, poderão marcar toda uma geração. Assim como os médicos, enfermeiros e demais profissionais de saúde, os professores também tiveram de se reinventar para que alunas e alunos mantivessem interesse pela escola. Milhões de estudantes, entretanto, sem acesso à internet, ficaram totalmente fora das rotinas para obtenção de mais conhecimento.
Os desdobramentos em vários setores da economia vão durar anos. Mas a gravidade da crise econômica também fez muitas pessoas descobrirem novos caminhos e até profissões inusitadas, como os leitores vão poder perceber nas próximas páginas.
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