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Royalties ajudaram no avanço social no Rio, mas ritmo é lento

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Por Redação
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Uma década de incremento da receita com o petróleo ajudou o Rio a entrar no seleto grupo de Estados de alto desenvolvimento humano, ao lado de São Paulo e Paraná. Mas os avanços sociais ainda são lentos e heterogêneos.É o que mostrou o Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM), realizado no ano passado com base em dados de 2006. Elaborado pela Federação das Indústrias do Rio (Firjan), avaliando emprego e renda, saúde e educação, o índice subiu 3,1% entre 2005 e 2006, superando a marca de 0,8 da faixa de alto desenvolvimento. Mas o desempenho médio dos outros Estados foi de 3,5%.No ranking dos 100 municípios com melhor qualidade de vida do País, o Estado do Rio contribuiu com nove. Mas apenas um deles é da lista dos que mais recebem royalties do petróleo. Para a Firjan, Macaé é hoje a melhor cidade do Rio para se viver e a 34° do País. Apesar do crescimento desordenado provocado pelo magnetismo das bases operacionais da Petrobrás e de outras empresas do ramo, a cidade é a que tem os melhores indicadores de saúde e educação. Porém, é a que gera menos emprego.Sem atrair empregos com os royalties, Campos do Goytacazes, que recebeu quase o dobro de Macaé em 2006, ficou em 11.° lugar. Carapebus teve a 66.° colocação e Búzios, a 49.°. Já a pequena Quissamã se destacou em 15.° lugar. Além de Macaé, apenas Rio das Ostras teve a realidade alterada pela indústria do petróleo. Muitos vêm trabalhar em Macaé, mas preferem viver na cidade vizinha, que tem respondido melhor aos desafios.O prefeito de Rio das Ostras, Carlos Augusto Balthazar (PMDB), gosta de ter a cidade como bom exemplo do uso dos royalties, mas admite que ainda precisa de uma década para universalizar os serviços básicos. "O problema é a velocidade. A população dobrou em 5 anos. Posso construir escolas com os royalties, mas não pagar os professores. A folha de pagamento fica com quase toda a receita própria. Só tenho royalties para investir. Se sumirem, acaba tudo. Vão ter de nos socorrer mais tarde, talvez tarde demais", disse.

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