BRUXELAS - A Rússia pode emprestar até US$ 20 bilhões para o Fundo Monetário Internacional (FMI), para que este ajude os países problemáticos da zona do euro, segundo afirmou Arkady Djorkovich, assessor do presidente russo, Dmitri Medvedev.
De acordo com ele, a Rússia emprestaria US$ 10 bilhões adicionais, além dos US$ 10 bilhões empenhados em 2009 mas que nunca foram usados. Mas para isso é preciso que os líderes europeus forneçam um plano claro contra a crise que assola o continente. Medvedev está em Bruxelas, para uma reunião de cúpula UE-Rússia.
Djorkovich acrescentou que o FMI poderia ser liberado para emprestar diretamente à Linha de Estabilidade Financeira Europeia (EFSF, na sigla em inglês), o fundo de resgate da zona do euro. Mas essa é uma proposta que outros países, inclusive o Reino Unido, têm contestado.
O assessor do presidente russo comentou ainda que recentes tensões com a UE, que levantou dúvidas sobre o resultado das eleições no país, não é um impedimento para continuar com a cooperação econômica.
O representante russo criticou a falta de clareza dos líderes europeus na solução para a crise da dívida. A zona do euro ainda não forneceu detalhes sobre o tamanho necessário para o fundo de resgate, com estimativas oscilando de 1 trilhão a 2 trilhões de euros. Mas Djorkovich disse que "os líderes europeus parecem mais otimistas do que antes sobre chegar a uma solução". As informações são da Dow Jones.