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Rússia retoma bombeamento de petróleo à Europa

Depois de ameaça de crise energética na Europa, Bielo-Rússia entra em acordo com Moscou sobre distribuição de hidrocarbonetos para países vizinhos

Por Agencia Estado
Atualização:

O consórcio estatal russo Transneft retomou nesta quarta-feira o bombeamento de petróleo para a Europa pelo oleoduto que corta o território da Bielo-Rússia, depois que o governo de Minsk deu um passo crucial para resolver o conflito comercial entre os dois países. "A Transneft reatou o bombeamento de petróleo pelo oleoduto Druzhba em regime trabalhista normal", disse um porta-voz da companhia russa à agência oficial Itar-Tass. A companhia Transneft havia interrompido o bombeamento de petróleo com destino à Europa Ocidental por meio da Bielo-Rússia na segunda-feira, após denunciar que o vizinho russo estava extraindo ilegalmente petróleo do oleoduto. A retomada do bombeamento de petróleo ocorreu imediatamente após Minsk aceitar revogar uma polêmica tarifa ao trânsito do petróleo russo por seu território, o que tinha levado a um conflito comercial com Moscou que afetou vários países europeus. A medida aprovada pelo Executivo bielo-russo é crucial para resolver o conflito entre os dois países, que levou à interrupção do fornecimento de petróleo para Polônia, Alemanha, República Tcheca, Eslováquia e Hungria. Anteriormente, no início de dezembro, a Rússia impôs uma tarifa de exportação aos hidrocarbonetos, fazendo com que Minsk se negasse a comprar petróleo russo e estabelecesse de forma unilateral uma taxa de passagem de US$ 45 por tonelada para as exportações de Moscou à Europa pelo oleoduto Druzhba. O governo russo classificou a taxa da nação vizinha como ilegal e reivindicou sua revogação como condição para iniciar consultas a fim de resolver a polêmica, que deixou Alemanha e alguns países do Leste Europeu sem fornecimento de petróleo russo. A situação mudou após uma conversa por telefone na quarta entre os presidentes russo, Vladimir Putin, e bielo-russo, Alexander Lukashenko, que conseguiram uma série de acordos e ordenaram a seus governos que resolvam a crise até sexta-feira.

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