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Safra de 2017 será 14,2% maior do que em 2016, diz IBGE

A safra agrícola de 2016 deve totalizar 183,9 milhões de toneladas, uma queda de 12,3% em relação a 2015, quando alcançou 209,7 milhões de toneladas

Por Daniela Amorim (Broadcast)
Atualização:
Se confirmada a estimativa para a safra de soja, o grão atingirá nova produção recorde no ano que vem Foto: Eduardo Monteiro/Divulgação

RIO - O segundo prognóstico para a produção de cereais, leguminosas e oleaginosas para 2017 estima uma safra de 210,1 milhões de toneladas, 14,2% superior ao total obtido em 2016. Os dados foram divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A área a ser colhida deve totalizar 58,6 milhões de hectares em 2017, um avanço de 2,6% ante 2016. Todas as regiões devem registrar aumento na produção: Norte (5,1%), Nordeste (53,9%), Sudeste (8,3%), Sul (5,4%) e Centro-Oeste (20,1%).

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Se confirmada a estimativa para a safra de soja, o grão atingirá nova produção recorde no ano que vem, ressaltou o IBGE. Com a fase de plantio chegando ao fim, a expectativa é de um total de 103.528.123 toneladas.

A safra agrícola de 2016 deve totalizar 183,9 milhões de toneladas, uma queda de 12,3% em relação a 2015, quando alcançou 209,7 milhões de toneladas. O resultado de novembro é ligeiramente maior que a estimativa de outubro: 72,7 mil toneladas a mais.

A área colhida em 2016 deve totalizar 57,2 milhões de hectares, uma queda de 0,8% ante 2015. O arroz, o milho e a soja - três principais produtos da safra brasileira - representam 92,4% da estimativa da produção e responderam 87,9% da área a ser colhida. 

Em relação a 2015, houve acréscimo de 2,8% na área da soja, mas redução de 1,5% na área do milho e recuo de 10,1% na área de arroz. Quanto à produção, as três culturas registraram perdas em relação ao ano passado: -1,5% para a soja; -15,5% para o arroz; e -25,5% para o milho.

"Foi um ano muito seco, que atingiu regiões muito importantes no País, como Centro-Oeste e Nordeste, que já vem há uns quatro ou cinco anos sofrendo com a seca", explicou Carlos Alfredo Guedes, gerente do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola.

Na passagem de outubro para novembro, houve revisões nas seguintes culturas: batata 2ª safra (7,5%), batata-inglesa 3ª safra (4,6%), cevada (6,9%), aveia em grão (2,6%), trigo (1,8%), sorgo (-0,6%), cebola (-1,0%) e feijão em grão 2ª safra (-1,2%).

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Entre os seis produtos de maior importância para a próxima safra de verão, apenas o amendoim 1ª safra tem queda prevista em relação a 2016, de 1,9%. Os demais apresentam crescimento na produção: algodão herbáceo (7,1%), arroz (8,5%), feijão 1ª safra (25,0%), milho 1ª safra (18,0%) e soja (7,8%).

No caso do milho de 1ª safra, o segundo prognóstico da produção mostra previsão de crescimento de 6,4% na área plantada e elevação de 5,9% no rendimento médio. A produção deve totalizar 28.683.309 toneladas, 18% superior ao período anterior, quando a cultura foi prejudicada por perdas decorrentes de condições climáticas adversas. A perspectiva para o ano de 2017 é de que a 1ª safra seja responsável por 35,3% da produção do total de milho no País.

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