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Saiba as formas de financiamento para compra de veículo

As revendas autorizadas oferecem três formas de pagamento a prazo: consórcio, Crédito Direto ao Consumidor (CDC) e leasing. Saiba quais as diferenças, vantagens e desvantagens destas opções de financiamento para compra de veículos.

Por Agencia Estado
Atualização:

O motorista que não dispõe do dinheiro para comprar um carro zero quilômetro à vista ou então para trocar o seu carro por um modelo mais novo pode optar pelo parcelamento. Em geral, as revendas autorizadas e os bancos ligados às montadoras oferecem três formas de pagamento a prazo: consórcio, Crédito Direto ao Consumidor (CDC) e leasing. Saiba quais as diferenças, vantagens e desvantagens destas opções de financiamento para compra de veículos. O diretor-executivo da Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras (Anef), José Romélio Ribeiro, destaca que a principal vantagem do leasing e do CDC é a aquisição imediata do bem. ?Nestas duas formas de financiamento, o consumidor já pode sair dirigindo seu veículo depois da entrega das chaves. Já no consórcio ele tem de esperar por um sorteio?, avisa. O Crédito Direto ao Consumidor tem a preferência dos motoristas que financiam carro no Brasil. De acordo com dados da Anef, 71% dos consumidores que realizam compras a prazo utilizam o CDC. Esta linha de crédito possibilita o motorista pagando uma entrada e financiando o saldo em prestações fixas ou variáveis em até 50 meses. ?Ultimamente, o prazo médio de financiamento do CDC é de 24 a 36 meses. O consumidor está evitando financiamentos longos por causa do cenário de incertezas da economia?, avisa José Romélio. No CDC as prestações tem juros embutidos que, segundo a Anef, variam entre 39% a 40% ao ano. Há também o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que equivale a 1,5% ao ano sobre as prestações do veículo. No entanto, o carro é entregue no ato da compra e já sai em seu nome. A entrada mínima praticada no mercado gira em torno de 20% do preço do veículo. Já no caso do leasing, a documentação fica em nome da financeira, o que afugenta grande parte dos consumidores, avisa o diretor-executivo da Anef. ?A transferência para o nome do comprador só acontece no fim do contrato, o que ainda assusta grande parte dos consumidores brasileiros. Em caso de inadimplência a financeira pode tomar o carro de imediato?, alerta. O leasing, porém, tem a vantagem de não sofrer incidência do IOF e também do carro ser entregue no momento da compra. Este plano pode ser feito em, no mínimo, 24 meses. Consórcio No consórcio os compradores são organizados em grupos que se reúnem para comprar os carros. Segundo o diretor-executivo da Anef, o consórcio não tem incidência de juros mas, o consorciado paga uma taxa de administração ? algo em torno de 14% do preço do veículo - e o fundo de reserva (normalmente 3,5%), que é utilizado para cobrir insuficiências de receita de seu grupo. Os planos mais comuns são de 50 ou 60 meses, mas podem chegar a 100 meses. José Romélio indica que o consórcio é uma forma de financiamento planejada e para quem está com pressa de levar o veículo imediatamente para casa. Para o carro ser entregue através do consórcio, há duas possibilidades: sorteio ou lance. Os sorteios são realizados de acordo com a loteria federal. Já para dar um lance, é preciso adiantar algumas parcelas, que são abatidas no final do plano. Leva quem dá o maior lance. Ao final do consórcio, o dinheiro que sobra no fundo de reserva é dividido entre os participantes. O consumidor deve tomar uma série de precauções antes de contratar um consórcio. A principal cautela é a de verificar se a administradora está autorizada pelo Banco Central (BC) a formar grupos. A informação consta no site do próprio BC (ver no link abaixo) que oferece uma lista com todas as administradoras de consórcio com problemas administrativos e financeiros. Os técnicos da Fundação Procon-SP, órgão de defesa do consumidor ligado ao governo estadual, aconselham o consumidor a pesquisar mais sobre o assunto consórcio e sobre as empresas administradoras antes de assinar o contrato. O grande risco do consórcio são as empresas que, por falta de um gerenciamento adequado da suas finanças, acabam quebrando e fazendo com que o consumidor perca todo seu investimento.

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