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SAIBA MAIS-Candidatos à presidência dos EUA comentam ação do Fed

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Por Redação
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O Federal Reserve anunciou no domingo medidas emergenciais para conter a crescente crise no setor financeiro, incluindo um corte na taxa de redesconto e 30 bilhões de dólares em linhas de crédito para permitir que o JP Morgan compre seu cambaleado rival Bear Stearns. A seguir estão as reações dos candidatos à presidência dos Estados Unidos em relação às medidas surpresas: JOHN MCCAIN, REPUBLICANO, SENADOR PELO ARIZONA McCain tem "plena confiança" no chairman do Fed, Ben Bernanke, e apoia sua decisão de intervir, afirmou o conselheiro Douglas Holtz-Eakin, por telefone. Perguntado se fundos do governo devem ser usados para auxiliar Wall Street, Holtz-Eakin afirmou: "Se o sistema financeiro piorar consideravelmente daqui para frente, colocará muitos empregos em risco, assim as políticas devem ser direcionadas para reanimar os sistemas financeiros. Essas são as políticas apropriadas". Em comentários anteriores à ação do Fed na semana passada, McCain disse que esperava que o plano de emergência não fosse necessário. "Planos de auxílio possuem conseqüências intencionais e não intencionais", disse McCain a repórteres em seu ônibus de campanha na última quarta-feira. "Após a crises econômica (dos anos 1980), creio que todos nós sabíamos que o governo precisava agir. Mas desperdiçamos bilhões". HILLARY CLINTON, DEMOCRATA, SENADORA POR NOVA YORK "Precisamos ser vigilantes, fazer tudo ao nosso alcance para manter a confiança em nosso sistema financeiro", afirmou Hillary. "Sinto fortemente que temos mais urgência em continuar a ação que se iniciou ontem". Hillary afirmou que na segunda-feira disse ao secretário do tesouro, Henry Paulson, e ao presidente do Fed de Nova York, Tim Geithner, que o governo precisará explicar o alto número de pagamentos não honrados. BARACK OBAMA, DEMOCRATA, SENADOR POR ILLINOIS Obama afirmou que era muito cedo para falar a respeito de pacotes de auxílio financiados pelos contribuintes, mas acrescentou que o governo precisa assegurar que os problemas de Wall Street não acabem derrubando a economia como um todo. "É prematuro começar a falar sobre ajudas pagas pelos contribuintes", disse Obama a repórteres durante campanha em Monaca, Pennsylvania. Em declaração separada, Obama encorajou a aprovação de uma legislação que estimulasse os credores a comprar ou refinanciar empréstimos falidos, o que segundo ele evitaria mais inadimplência. "Este não é um auxílio para credores ou investidores que especulam de forma imprudente, e não é um presente aos mutuários", disse Obama em declaração. "É uma forma justa e responsável de ajudar a conter a crise de inadimplências". Ele ainda criticou o presidente George W. Bush por não ter conseguido tomar medidas para evitar a crise. (Reportagem de Andy Sullivan e Caren Bohan)

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