PUBLICIDADE

Saída de investidor estrangeiro eleva dólar e pune Bolsa

Por Cenário: Silvana Rocha
Atualização:

Dólar e juros para cima e bolsa para baixo. Essa foi a reação do mercado financeiro ontem, após o governo ter fechado as brechas que permitiam ao investidor estrangeiro driblar o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) maior nos negócios em renda fixa e no mercado futuro. As medidas anunciadas na quarta-feira à noite colocaram um ponto final na arbitragem de curto prazo entre o juro internacional e o doméstico. Ao mesmo tempo, espalharam o receio de artilharia mais pesada, como a elevação do IOF para ações ou até mesmo a imposição da temida quarentena. O dólar à vista chegou a escalar a casa de R$ 1,70 na máxima da sessão, mas não sustentou a marca e fechou a R$ 1,695 (+1,19%), maior cotação desde 29 de setembro, Contudo, no segmento futuro da BM&FBovespa conseguiu cravar R$ 1,70. Lá fora, a moeda dos EUA oscilou e fechou com leve alta ante o euro.Nos juros, as últimas medidas do governo afugentaram os estrangeiros, que reduziram posições vendidas pressionando as taxas para cima. A curva de juros também refletiu preocupações com a inflação em 2011, após a taxa de desemprego de setembro do País ter batido novamente recorde de baixa (6,2%). Os contratos de janeiro de 2013 e o de janeiro de 2014 avançaram para 11,79%. A Bovespa foi punida com uma onda de vendas de investidores estrangeiros, que, assustados com o que pode vir pela frente, optaram por se desfazer dos papéis mais líquidos, Petrobrás e Vale. Descolado do mercado norte-americano, o índice à vista caiu mais de 1%, voltando ao patamar dos 69 mil pontos. O fator eleição também pesou um pouco na Bolsa, sobre os papéis das estatais. Em Nova York, as altas foram modestas. O Dow Jones subiu 0,35%.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.