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Sair da caixa é emergencial

Por GERENTE DE CARREIRAS DO IBMEC-RJ
Atualização:

Pensar fora da caixa! O que quer dizer esta expressão? Significa sair da mesmice, buscar alternativas, gerar novas ideias, ou melhor, ter visão ampliada de uma determinada situação. Quantos de nós bloqueamos nossa capacidade mental de perceber um problema e, a partir daí, conceber uma solução? Isto ocorre porque muitas vezes estamos com nossos pensamentos obstinadamente domesticados, direcionados apenas a condutas e procedimentos enraizados. Permanecemos por longo tempo com os mesmos sistemas de vida, com as mesmas formas de analisarmos os fatos e não nos conscientizamos que esta "robotização" de hábitos nos impede de assimilar novas ideias, tornando-nos inábeis para perceber uma situação sob outros ângulos. Apegados a um determinado padrão de conduta, invariavelmente encontraremos dificuldades para solucionar impasses. Permanecendo assim por muito tempo, alguns indivíduos passam a analisar fatos com lentes tão rígidas, que estes padrões se transformam em verdadeiros cárceres em suas vidas.Seguindo essa linha de raciocínio, temos como provável e infeliz resultado um indivíduo limitado, com forte tendência a não realizar-se nem no âmbito pessoal nem no âmbito profissional. Em um mundo contemporâneo, de rápidas transformações, altamente digitalizado, onde imperam as redes sociais e uma competitividade acirrada, adotar uma postura desta natureza é um verdadeiro salto sem rede, sobretudo em um contexto corporativo. As contínuas intempéries do mercado e a comprovada agilidade tecnológica estão aí para fundamentar a necessidade de as empresas buscarem profissionais que auxiliem a redesenhar seus processos, a descortinar o novo, o inédito. Portanto, indivíduos que vivem em zona de conforto, que nunca transcendem limites preestabelecidos, terão dificuldade de encontrar espaço no atual mundo do trabalho. Profissionais flexíveis procuram constantemente uma nova maneira de perceber situações, têm atitude resiliente frente a mudanças, possuem visão estratégica, não fecham suas mentes a novas informações e não vivem dentro de padrões de conduta rígidos. O fluxo do ambiente de trabalho se dá num reciclar constante, e identificar possíveis algemas em relação a nossos padrões de conduta é o primeiro passo para cuidarmos de nossa sobrevivência profissional. Assim, devemos refletir sobre nossas atitudes frente aos desafios: se temos ousadia, se agimos com espírito investigativo, se exercitamos a iniciativa e a criatividade, se percebemos possíveis limites em nosso desempenho, se assumimos uma postura mais contributiva para o alcance de resultados. Isto tudo significa ir além do convencional e descortinar atalhos para impasses. A rigor, significa pensar e agir fora da caixa.Profissionais flexíveis e criativos preocupam-se com sua performance e de quebra fortalecem seus alicerces promovendo sua autoestima. E neste sentido, não importa qual sua geração, a idade é irrelevante para quem tem coragem de mudar, para quem imprime entusiasmo em suas ações, para aqueles que estão dispostos a fazer acontecer, em suma, para aqueles que pensam e agem fora da caixa. Por outro lado, as empresas devem adotar uma cultura corporativa que incentive seus profissionais a desenvolver seus potenciais críticos, criativos e inovadores. Um clima onde impera a sinergia entre gestores e colaboradores, favorece o surgimento destas competências. Ao pensarmos e agirmos fora da caixa, aumentamos substancialmente as chances de uma realização profissional. É, por isso, uma atitude emergencial.A flexibilidade, no meu entender, é a característica do milênio, uma atitude imperativa de predispor nossa mente para uma realidade de mudanças rápidas. Sendo assim, pratiquemos o pensar e agir fora da caixa, no mínimo aumentamos substancialmente as chances de nos realizarmos pessoal e profissionalmente. Um pensamento clássico chinês, diz: "Em noites de tempestade, as árvores rígidas são as primeiras a quebrar, as flexíveis se curvam e deixam o vento passar".

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