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Salão do Automóvel de SP terá recorde de 42 marcas

Por Renan Carreira
Atualização:

O Salão Internacional do Automóvel de São Paulo começa na semana que vem com número recorde de marcas participantes. A partir de quarta-feira, dia 27, a capital paulista será palco durante 12 dias do encontro entre as montadoras e o público apaixonado pelas máquinas. Impulsionado pelo bom momento do setor automotivo no País, o Salão do Automóvel completa 50 anos e chega a sua 26ª edição, já considerada como uma das mais importantes de uma história de cinco décadas.O evento vai contar com o recorde de 42 marcas, entre nacionais e importadas, e 450 modelos de veículos, dos quais 40% são novidades. O encerramento do Salão do Automóvel no domingo, dia 7 de novembro, coincidirá com o Grande Prêmio Brasil da F-1.O diretor de marketing e vendas da São Paulo Turismo (SPTuris), Milton Longobardi, prevê que o Salão do Automóvel, realizado de dois em dois anos, deverá atrair 625 mil visitantes para o Pavilhão de Exposições do Anhembi, na zona norte, em uma área reservada de 85 mil metros quadrados. A expectativa é de que 40% do público seja composto por visitantes de outras cidades e do exterior, que devem deixar R$ 135 milhões na capital paulista.Juan Pablo De Vera, presidente da Reed Exhibitions Alcantara Machado, organizadora e promotora do Salão do Automóvel, que investirá R$ 30 milhões no evento, destacou a qualidade dos veículos desta edição, que estarão dentro de um padrão internacional. Ele disse que, se no Salão do Automóvel de 2008 havia um certo temor por conta da crise financeira internacional, neste ano o momento é bem diferente. O entusiasmo tem respaldo nas projeções da indústria automotiva no País, que calcula um investimento de US$ 11,2 bilhões no triênio de 2010 a 2012, segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).De acordo com De Vera, a presença de marcas importadas cresce a cada edição. Questionado sobre a entrada de empresas chinesas no País, respondeu: "A gente acha que os chineses estão chegando. Na verdade, eles já chegaram. Assim como eles entraram em diversos setores, agora é hora da indústria automobilística conviver com a presença deles." Ele não vê o fato com preocupação e considera o processo de entrada de companhias chinesas como natural e melhor para o consumidor, além de avaliar que o Brasil está lidando bem com a questão.EstruturaO presidente da organizadora do evento, no entanto, criticou a estrutura do local, o Pavilhão do Anhembi, que completa 40 anos este ano. Segundo ele, o local carece de infraestrutura e precisa ser modernizado, pois "o centro de convenções é o coração de negócios da cidade". Além disso, o Salão do Automóvel compõe desde 2008 o calendário oficial da Organização Internacional de Fabricantes de Veículos Automotores (Oica), o que dá mais visibilidade nos eventos similares ao redor do mundo. "O evento é do século 21 em um pavilhão da década de 1970!", brincou De Vera.O diretor da SPTuris afirmou que para este ano o Anhembi "ainda serve", mas admitiu que a Prefeitura de São Paulo estuda melhorias e até um novo local de exposições.Ayrton SennaA Reed Exhibitions Alcantara Machado renovou a parceria com o Instituto Ayrton Senna, que levará ao evento duas atrações: dois carros Lotus da F-1 que fizeram parte da carreira do piloto brasileiro que completaria 50 anos de idade em 2010. Irineu Villanoeva, gerente de comunicação e eventos do instituto, disse que a ideia é lembrar do ídolo e "comemorar no nível que o Senna merecia".O Salão do Automóvel conta com o patrocínio da Anfavea, copatrocínio da Associação Brasileira das Empresas Importadoras de Veículos Automotores (Abeiva) e apoio do Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças).PesquisaA SPTuris fez um levantamento em 2008 para mapear o público do Salão do Automóvel. De acordo com a pesquisa, no evento prevalece o público masculino (73%), com a presença de uma faixa etária distribuída entre 30 e 49 anos. Além disso, atrai uma média de 40% de turistas, sendo 16% de estrangeiros, na maioria da Argentina, Uruguai, Colômbia, Chile e México. Em torno de 50% dos visitantes do Salão possuem renda entre 6 e 15 salários mínimos e mais da metade do público tem ensino superior completo.Quanto à avaliação dos equipamentos, serviços e infraestrutura de apoio, a categoria de compras e gastronomia foi a melhor avaliada pelos pesquisados. Os piores itens ficaram com limpeza urbana e segurança pública. O levantamento aplicou cerca de 1,3 mil questionários em 2008.

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