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Saldo comercial dos EUA melhora em maio

Por Agencia Estado
Atualização:

O aumento da demanda dos produtos americanos no exterior e gastos menores com energia contribuíram para a redução de 2,8% do déficit comercial de bens e serviços em maio, informou nesta quarta-feira o governo do país. O Departamento de Comércio americano disse que o déficit comercial em maio foi de US$ 55,349 bilhões, contra US$ 56,899 bilhões registrados no mês anterior. A maioria dos analistas calculava que o saldo negativo da balança comercial seria de US$ 57 bilhões em maio. Em fevereiro, esse déficit havia atingido a cifra recorde de US$ 60,117 bilhões. Mas agora mostra sinais evidentes de recuperação. Em maio, as exportações americanas subiram 0,2% e bateram recorde de US$ 106,9 bilhões. Já as exportações caíram 0,9%, e trouxeram US$ 162,2 bilhões em divisas para o país. Nos cinco primeiros meses de 2005, o déficit comercial dos Estados Unidos foi de US$ 284,004 bilhões no total, comparado com os US$ 236,002 bilhões registrados no mesmo período de 2004. As cifras de abril e maio apontam para uma queda do déficit comercial do país no segundo trimestre, e isso significa um provável aumento do Produto Interno Bruto (PIB). Mesmo assim, muitos analistas acreditam que o aumento dos preços do petróleo, a forte demanda dos consumidores internos por produtos estrangeiros, e um crescimento econômico mais lento entre os principais parceiros comerciais do país poderiam contribuir para a manutenção do déficit na balança comercial americana. O valor das importações de petróleo caiu de US$ 14 bilhões em abril para US$ 13,7 bilhões em maio, segundo relatório do Governo. O preço médio do barril de petróleo foi de US$ 43,08 em maio, comparado aos US$ 44,74 do mês anterior. Os Estados Unidos importaram em maio 318,6 milhões de barris de petróleo, e em abril esse número foi de 313,8 milhões. Números do orçamento O governo federal dos EUA informou hoje também que registrou um superávit orçamentário - quando a soma das receitas estimadas é maior que às das despesas orçamentárias previstas - de US$ 22,43 bilhões em junho, de um superávit de US$ 19,12 bilhões registrados em igual mês em 2004. O superávit de junho foi o maior para o mês desde 2002. No relatório mensal do orçamento, o Tesouro informou que a receita somou US$ 234,81 bilhões em junho, uma alta de 9,5% sobre igual mês do ano passado. Em junho, a receita somou um recorde nominal para o mês e o maior valor em dólar, ajustada a inflação, desde junho de 2000. Já as despesas somaram US$ 212,38 bilhões em junho, um crescimento de 8,8% em comparação com igual mês de 2004. A Casa Branca anunciou que está projetando o déficit orçamentário do governo federal dos EUA no ano fiscal de 2005 em US$ 333 bilhões, equivalentes a 2,7% do PIB; a projeção anterior, divulgada em fevereiro, era um déficit orçamentário de US$ 427 bilhões. O ano fiscal de 2005 termina em 30 de setembro. No ano fiscal de 2004, o déficit orçamentário alcançou o nível recorde de US$ 412 bilhões. A projeção para o crescimento real do PIB é de 3,6% neste ano e de 3,4% em 2006. A Casa Branca também elevou sua previsão para o índice de preços ao consumidor (CPI) para 3,0%, de 2,4% na projeção feita em fevereiro; a previsão para o CPI de 2006 foi elevada para 2,5%, de 2,3% no estudo anterior.

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