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Santa Catarina tenta se blindar contra a febre aftosa

Por Agencia Estado
Atualização:

O governador de Santa Catarina, Luiz Henrique da Silveira (PMDB), decretou nesta segunda-feira estado de emergência sanitária contra a febre aftosa, para "permitir que as ações de fiscalização sejam mais rápidas e eficazes". Ele também anunciou que vai pedir ao ministro da Defesa, José Alencar, a ajuda do Exército para garantir a segurança nas barreiras sanitárias ao longo da divisa com o Paraná. "Temos de ter controle absoluto da fronteira seca entre Porto União e Dionísio Cerqueira", disse ele. À tarde, Luiz Henrique reuniu-se com o governador do Rio Grande do Sul, Germano Rigotto (PMDB), com os secretários de Agricultura dos três Estados do Sul e técnicos para discutir as medidas de segurança para impedir que a febre aftosa entre em Santa Catarina e passe para o território gaúcho. Santa Catarina é área livre de aftosa sem vacinação e o governador quer que continue assim, apesar da pressão que afirma estar havendo por parte dos outros Estados. "A carne catarinense vale mais sem vacinação. Esse foi o principal argumento que fez os russos manter as compras apenas de carne catarinense depois de divulgados o surto de aftosa no Mato Grosso do Sul", disse Luiz Henrique. De acordo com a Companhia de Desenvolvimento Agropecuário de Santa Catarina (Cidasc), seriam necessários dois anos para vacinar os 3,5 milhões de bovinos de Santa Catarina, o que não evitaria um eventual surto da doença, já que o rebanho não tem qualquer imunidade, e jogaria fora 30 anos de trabalho. O secretário de Agricultura de Santa Catarina, Moacir Sopelsa, informou que os técnicos vão começar, a partir desta terça-feira, a analisar quais os produtos que poderão ter a entrada permitida no Estado. "No primeiro momento havia a necessidade de total proibição. Agora, cada caso será analisado. O frango de exportação, por exemplo, deverá ser liberado para embarque no Estado caso tenha origem comprovada em áreas livres da doença e que não ofereça risco", disse Sopelsa, que nesta terça-feira tem um encontro com os segmentos ligados ao agronegócio para discutir as medidas adotadas até agora e o que mais pode ser feito para evitar o contágio. No esforço de construir uma sólida blindagem contra a doença, todos os eventos agropecuários que seriam realizados até o final do ano em Santa Catarina foram proibidos. Apenas a Expolages, que será realizada nesta semana, vai ocorrer, mas sem a exposição de animais. Na divisa com o Paraná, os caminhões que entram estão sendo pulverizados com iodo, que elimina o vírus, segundo a Cidasc. Leia mais sobre febre aftosa

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