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Santander nega venda da operação no Brasil

Segundo vice-presidente executivo, Miguel Jorge, o banco é comprador no País

Por Agencia Estado
Atualização:

O Santander Banespa negou nesta terça-feira, 9, que irá vender as operações no Brasil para o Bradesco. Em entrevista exclusiva à Agência Estado, o vice-presidente executivo da instituição, Miguel Jorge, afirmou que, ao contrário, o banco é comprador no País. O executivo atribuiu os rumores que circularam na segunda-feira sobre o assunto a uma desinformação do mercado a respeito dos objetivos e a estratégia do banco. "Deixamos claro, várias vezes, que não existe operação na América Latina sem uma atuação forte no Brasil." Miguel Jorge afirmou que a postura agressiva do banco espanhol no lançamento de produtos desde a chegada ao País vem incomodando os concorrentes. "Os bancos brasileiros não estão acostumados à concorrência", disse. Como exemplo de ações realizadas pela instituição, ele cita iniciativas como a criação de linhas de crédito imobiliário com prestações fixas e cartão de crédito com juros mais baixos. Segundo o executivo, o Santander comprou briga com as demais instituições ao defender a criação do crédito consignado, que possui um spread mais baixo, e a conta-salário, que permite ao trabalhador transferir o salário para outra instituição automaticamente. O vice-presidente executivo também negou a possibilidade de troca de ativos com o Bradesco, nos moldes da operação realizada entre Itaú e BankBoston. "O banco não possui associação do tipo em nenhum lugar do mundo", disse. Para ele, não há como comparar a venda dos ativos do Bank of America no Brasil com as operações do Santander. Miguel Jorge afirmou ainda que não existe frustração do banco sobre a transferência da folha de pagamentos dos funcionários públicos do Estado de São Paulo para a Nossa Caixa, como previsto no edital. O argumento foi usado por alguns analistas para justificar uma possível perda do interesse do Santander nas operações brasileiras. "Nesse caso, conseguimos mais de 500 mil adesões de clientes que desejam permanecer no banco. Ou seja, trata-se de uma perda de menos de 5% do total de clientes." Questionado a respeito da ausência de uma atuação nacional do banco, o executivo afirmou que se trata de uma estratégia já traçada pela instituição. "Nosso objetivo é nos concentrarmos nas regiões sul e sudeste."

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