A unidade britânica do banco espanhol Santander pode se deparar com um vácuo de liderança após a nomeação de Ana Botín para presidente do Conselho de sua companhia controladora.
Botín foi nomeada sucessora de seu pai Emilio, que faleceu no fim da terça-feira. Sua nomeação no grupo baseado em Madri tem efeito imediato.
O Santander do Reino Unido disse que seu Conselho se reunirá na próxima semana para escolher um novo presidente-executivo após a escolha de Ana Botín para presidir o Conselho do Grupo Santander.
Esperava-se que Ana Botín conduzisse o Santander UK durante sua listagem na bolsa nos próximos 18 meses, antes de entregar o cargo de presidente-executiva para Nathan Bostock.
Bostock, 53, foi nomeado vice-presidente executivo em dezembro com a possibilidade de eventualmente suceder Botín como chefe da unidade britânica. Mas ele só está no banco há 22 dias, após o Royal Bank of Scotland exigir o cumprimento de aviso prévio por conta de sua saída.
Embora ele seja o principal candidato para o cargo, a realocação súbita de Ana Botín deixou o Conselho do Santander com um dilema sobre se ele está preparado para se tornar presidente-executivo.
O presidente do Conselho, Terry Burns, deve se aposentar até o fim do ano, deixando o banco britânico diante de um período de agitação.
Uma opção possível é pedir que Burns adie sua aposentadoria até que um presidente-executivo permanente assuma o cargo, disseram fontes familiarizadas com o tema. Outra seria nomear um presidente-executivo temporário enquanto o Conselho considera suas opções.
O banco esperava nomear um presidente do Conselho permanente antes do fim do ano e fontes do setor afirmaram que Bruce Carnegie-Brown, diretor não executivo do Santander UK que trabalhou para o JP Morgan, está na disputa.
((Tradução Redação São Paulo 55 11 5644 7757)) REUTERS PJ LB