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Santander:confiança de pequeno empresário segue economia

Por Renan Carreira
Atualização:

A queda do Índice de Confiança do Empresário de Pequenos e Médios Negócios (IC-PMN) no Brasil, de 71 pontos no terceiro trimestre deste ano para 70,1 pontos no quarto, baixa de 1,3%, veio em linha com a tendência de arrefecimento do avanço da economia brasileira no segundo semestre, de acordo com Adriana Dupita, economista do Banco Santander, citando que a atividade deve encerrar o ano em alta de aproximadamente 2% pela expectativa do mercado.O recuo da confiança foi observado em cinco das seis áreas apuradas pela pesquisa: economia, faturamento, lucro, empregados e investimento - apenas o item ramo de atividade registrou alta. O destaque de baixa foi o quesito investimento, segundo a sondagem, ao cair de 68,1 pontos para 65,6 pontos entre os dois períodos.Para o professor e pesquisador do Insper, José Luiz Rossi, a baixa da confiança de pequenos e médios empresários no investimento reflete um crescimento da economia brasileira em um ritmo menor no segundo semestre ante o primeiro. Contribuem ainda para a queda da confiança, segundo Rossi, "o maior endividamento da população, o aumento dos juros - que representa alta de custos -, o processo inflacionário e a incerteza quanto ao câmbio".O diretor de Segmentos do Santander, José Roberto Machado, também citou a incerteza como o principal fator para o recuo da confiança nos investimentos. "É mais incerteza do que dificuldade de obtenção de crédito", afirmou.O IC-PMN foi lançado em novembro de 2008 e tem frequência trimestral. O indicador, apurado pelo Insper em parceria com o Santander, mede a confiança dos empresários de pequenos e médios negócios e reflete suas perspectivas em relação ao futuro da economia, do seu setor e do seu próprio negócio. A pesquisa mais recente ouviu 1.403 empresários de todo o Brasil e de todos os setores da economia. Os dados foram coletados nos meses de agosto e setembro.

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