PUBLICIDADE

Santista Têxtil encerra atividades em Sergipe

Por ANTÔNIO CARLOS GARCIA
Atualização:

Depois de 13 anos no mercado sergipano, a Santista Têxtil Brasil S.A. Encerrou hoje, ontem, as atividades de sua unidade no Distrito Industrial de Aracaju (DIA), demitindo 300 dos seus 420 empregados: outros 50 serão demitidos em até 60 dias e 70, afastados por motivo de saúde, serão desligados futuramente. A medida afeta, ainda, outras 100 pessoas que prestavam serviço à empresa - servidores de empresa de alimentação e vigilância, por exemplo. Os fatores determinantes para o fechamento da unidade da Santista em Aracaju, segundo a empresa, foram a valorização do real e a "competição predatória de importações asiáticas" - China - que limitam as possibilidades de venda de tecidos Denim (jeans). O diretor de Recursos Humanos da empresa, Marcelo Correa, explicou que, com a valorização do real, o Brasil, que tinha um saldo positivo na balança comercial do setor têxtil, inverteu essa condição e passou a apresentar déficit, com queda nas vendas externas. "Até 2003 exportávamos mais de 50% da nossa produção, hoje não chegamos a 10%", lamentou Correa, frisando que há excesso de oferta de tecidos jeans no mercado. Ele reconhece que o fechamento da Santista impacta negativamente na economia do Estado, mas lembra que a indústria têxtil brasileira passa por uma situação difícil. Desde 2005, por exemplo, a Santista Têxtil estava com seus resultados financeiros comprometidos.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.