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São Paulo é a 13ª melhor cidade para ‘startups’

Ranking global é liderado pela região do Vale do Silício, nos EUA, berço do Google

Por Fernando Nakagawa e correspondente de O Estado de S. Paulo
Atualização:

LONDRES - São Paulo é a 13.ª melhor cidade do mundo para se abrir uma empresa do zero, as chamadas "startups". A pesquisa mundial "Startup Ecosystem Report 2012" mostra a cidade brasileira à frente de outras grandes capitais mundiais, como Moscou, Berlim e Cingapura, quando o tema são as perspectivas para os novos empreendimentos. O ranking é liderado pelo Vale do Silício, nos Estados Unidos; Tel-Aviv, em Israel; e Los Angeles, também nos EUA.

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A pesquisa levou em conta oito aspectos importantes para o nascimento, desenvolvimento e sucesso das startups. Entre os quesitos, São Paulo é melhor classificada no chamado "Índice de Mentalidade", característica em que ficou em 5.º lugar no mundo. Esse indicador mede quanto os fundadores das companhias são visionários, resistentes, têm apetite ao risco, ética e capacidade de superar os desafios.

Outro item com bom desempenho dos paulistanos é o "Índice de Início", onde São Paulo ficou em 10.º lugar. Nesse caso, o indicador mede quanto dos empreendedores da região conseguem, de fato, iniciar um negócio. Por outro lado, a cidade ocupa um modesto 19.º lugar no quesito "talento" e é a 16.ª na capacidade de influenciar e de estar alinhada com as tendências mundiais, o chamado "Trendsetter Index".

Ecossistema. "São Paulo é o maior e mais poderoso ecossistema de inicialização de empresas no Brasil. Fundos de venture capital podem fazer uma contribuição significativa para ajudar muitas empresas locais", diz o relatório, que foi produzido pelo grupo espanhol Telefónica e pela Startup Genome, comunidade global de startups.

"Um fundo de investimento concentrado em companhias em estágio avançado de desenvolvimento poderá levar startups de São Paulo a se tornarem líderes do mercado local ou mesmo potenciais companhias globais", informa o documento, que indica o mercado paulistano como um bom alvo a investidores que procuram novos projetos.

O anuário cita algumas experiências bem-sucedidas no mercado brasileiro. O estudo diz que as lojas de calçados Dafiti e NetShoes são dois bons exemplos. A primeira empresa recebeu injeção de R$ 50 milhões do fundo alemão Rocket Internet. Já a NetShoes recebeu aporte dos norte-americanos do Tiger Global.

Antes, em 2009, o BuscaPé havia recebido mais de US$ 300 milhões do fundo Napster. O estudo também cita como bem-sucedidas as experiências do Kekanto, site colaborativo com roteiros de lazer, e o Descomplica, página destinada a aulas virtuais.

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De acordo com a pesquisa, a maioria absoluta das startups paulistanas é formada por homens, que ocupam 96% dos postos de trabalho. Em São Paulo, a média de idade é de 30,8 anos, pouco abaixo dos 32,1 anos vistos no Vale do Silício, por exemplo. Normalmente, trabalha-se 8,86 horas a cada dia em São Paulo, enquanto na região berço da Apple, eBay e Google, são 9,95 horas por dia.

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