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São Paulo usará reforço no caixa para investimentos, diz Meirelles

Segundo o secretário estadual da Fazenda, foco dos aportes será nas áreas de saúde, educação e segurança

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Por Adriana Fernandes
Atualização:

BRASÍLIA - O secretário da Fazenda de São Paulo, Henrique Meirelles, afirma que o Estado vai aproveitar o aumento da arrecadação para aumentar os investimentos este ano e em 2022. Ex-ministro da Fazenda no governo Michel Temer, Meirelles ressalta que há um quadro de subinvestimento no Brasil que precisa ser revertido. 

Henrique Meirelles, secretário da Fazenda do Estado de São Paulo Foto: Tiago Queiroz/ Estadão

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As grandes obras, como as rodovias Panorama e Litorânea, ele diz que podem ser feitas por meio de concessões. Por isso, o foco dos investimentos será na área de saúde, segurança e educação. “Esse aumento de arrecadação é muito necessário exatamente para que se possa fazer esse investimento”, diz Meirelles, que prevê um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) paulista de 7,8% em 2021. 

Ele diz que não há discussão de aumento dos salários dos servidores para 2022. “Não tem nem discussão sobre isso. Não há essa demanda. Não acredito”, afirma. Meirelles diz que o risco eleitoral sobre as finanças dos Estados vai depender da atitude de cada governador. E destaca que a arrecadação do Estado reflete também a nova economia, como o e-commerce que cresceu muito na pandemia.

Segundo o secretário da Fazenda de Alagoas, George Santoro, o aumento da receita tributária reflete a alta de preço de combustíveis, energia, construção civil e alimentos no primeiro semestre. “Acredito que a despesa dos Estados será pressionada no segundo semestre e no próximo ano”, afirma. 

Pressão

O secretário admite que será difícil pelo menos não repor a inflação para os servidores em ano eleitoral, como ocorreu em 2021.

Santoro considera, porém, um grande risco fiscal usar esse aumento da arrecadação com gastos permanentes, como benefícios para o funcionalismo. Em 2021, ele prevê mais que dobrar os investimentos para chegar a R$ 2,3 bilhões, ante R$ 1 bilhão em 2020. “O caixa está altíssimo”, diz.

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