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'São Paulo volta a ter normalidade', afirma governador Marcio França

Em nova reunião, SP fechou acordo com caminhoneiros e refinarias começam a ser desbloqueadas

Por Juliana Diógenes
Atualização:

Em mais uma tentativa de por fim à paralisaçãode caminhoneiros que nesta terça-feira, 29, chegou ao 9° dia, o governador de São Paulo Márcio França se reuniu com caminhoneiros e disse que os postos de gasolina do Estadocomeçarão a ser reabastecidos após a reabertura de cinco refinarias bloqueadas até então: Guarulhos, Barueri, Sorocaba, Shell e Ipiranga. 

O governador de São Paulo, Márcio França (PSB) Foto: Daniel Guimarães/Governo SP

"Vamos garantir a retomada dos pontos de gasolina. Isso significa que daqui a pouco os postos vão estar abastecidos", afirmou. O grupo de caminhoneiros levará os resultados do acordo para os grevistas e deve voltar a se reunir com o governador nesta tarde trazendo a posição do movimento.

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"São Paulo volta a ter normalidade. Priorizamos o abastecimento do estado, da Prefeitura e dos hospitais. Nesta nova fase, estamos liberando o abastecimento normal", afirmou França. "Sinto que caminhamos para uma solução positiva."

França disse que ainda não há previsão para a retomada do abastecimento de alimentos para o Ceagesp, pois a normalização não é rápida. 

Segundo o governador, na última sexta-feira, havia 15 mil caminhoneiros nas estradas do Estado de São Paulo. Hoje, seriam 1,5 mil.+++ Combustível começa a chegar aos postos de SP

Já em relação aos bloqueios nas estradas, o governo afirma que eram 250 e nesta terça caíram para 30. O ponto que ainda preocupa é a Rodovia Régis Bittencourt. À princípio, o governo estadual descarta uso de força policial e segue tentando negociar com o movimento de grevistas na Régis.

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Demandas. Para suspender a greve, os caminhoneiros mantêm três reivindicações: uma tabela clara com os valores dos fretes; um preço fixo do valor do desconto do combustível nas bombas; e a anistia de multas aplicadas aos caminhoneiros durante as paralisações. 

Os grevistas pedem que o desconto de R$ 0,46 seja aplicado em cima do valor do diesel do sábado retrasado (19 de maio), e não no preço do sábado passado, quando o acordo foi anunciado. 

Esse valor no Estado de São Paulo ainda não foi definido e está a cargo do Ministério da Fazenda. Segundo França, a conta é complexa. Com impostos e descontos, deve-se chegar na bomba a um valor em torno de R$ 2,33. França mantémconversas com o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, para definir o valor.

Ainda de acordo com o governador, o presidente Michel Temer deve publicar medidas provisórias na tarde desta terça e deverá editar o texto para incluir anistia às multas aplicadas aos caminhoneiros durante a paralisação.

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