O presidente francês, Nicolas Sarkozy, ameaçou deixar o encontro dos líderes do G20 em Pittsburgh, na próxima semana, se não houver acordo sobre bônus de banco, afirmou o jornal Le Figaro nesta segunda-feira, 14.
"Se não houver uma decisão concreta, deixarei o encontro", disse Sarkozy segundo o jornal.
A publicação não descreveu o contexto no qual a declaração foi feita, mas o chefe da equipe de Sarkozy, Claude Gueant, disse à rádio RTL que o presidente estava "extremamente determinado" a assegurar o acordo.
"Ela deve ser levado a sério", disse Gueant sobre o aviso, que se parece com outras exigências francesas antes das reuniões anteriores sobre a crise internacional.
Sarkozy tem encabeçado um esforço dos líderes europeus para limitar os bônus aos banqueiros e quer convencer o G20 como um todo a adotar uma atitude comum à questão.
Falando a uma rádio francesa, o presidente do FMI, Dominique Strauss-Kahn, afirmou que os bônus serão uma questão-chave no encontro em 24 e 25 de setembro, ainda que limitar os pagamentos excessivos não sejam a única forma de criar um sistema financeiro mais estável.
Strauss-Kahn diz que G20 manterá estímulos
Os líderes do G20 provavelmente manterão as políticas de estímulo no momento, enquanto a crise persiste, apesar de recentes sinais positivos em algumas economias, disse o diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, nesta segunda-feira.
"Na Europa, sobretudo na França, o crescimento vai voltar, mas o desemprego continuará. Então, desse ponto de vista, obviamente não podemos dizer que a crise ficou para trás", afirmou Strauss-Kahn à rádio France Info.
"Eu acredito que a tendência seja boa. Os ministros das Finanças entenderam que a crise significa que continuaremos a dar suporte à economia, que não pararemos agora."
(Por Anna Willard e James Mackenzie)